"Marcelo Rebelo de Sousa chegou a Presidente da República. Por isso, acho que não se pode dizer que seja um mau presságio": candidato do PAN alerta para poluíção dos rios com mergulho no Tejo

Agência Lusa , MJC
7 jun, 14:20
Pedro Fidalgo Marques, do PAN, mergulha no Tejo (Lusa/ António Pedro Santos)

A água “estava poluída. Muito poluída e fria”, disse o candidato à saída do mergulho, lembrando que, “há 35 anos, houve uma promessa de Marcelo Rebelo de Sousa de que quatro anos depois a água deixaria de estar poluída”, mas “continuamos a ter a água poluída”

O cabeça de lista do PAN às eleições do Parlamento Europeu mergulhou esta sexta-feira no rio Tejo, à semelhança do que fez Marcelo Rebelo de Sousa há 35 anos, para provar que a água daquela zona continua poluída.

A ação de campanha, que decorreu na praia de Algés, em Oeiras, visou mostrar aos eleitores que vão votar no domingo para eleger o Parlamento Europeu que o PAN “é único partido que vai fazer a diferença” na defesa do ambiente e que constitui “um voto responsável pela natureza e pelos animais”, afirmou Pedro Fidalgo Marques.

A água “estava poluída. Muito poluída e fria”, disse o candidato à saída do mergulho, lembrando que, “há 35 anos, houve uma promessa de Marcelo Rebelo de Sousa de que quatro anos depois a água deixaria de estar poluída”, mas “continuamos a ter a água poluída”.

O mergulho do agora Presidente da República foi dado enquanto candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa. Na altura, em agosto de 1989, o então candidato autárquico criticou a qualidade da água do rio e, apesar de não ter ganhado a eleição, conquistou uma grande notoriedade. Esse não foi, segundo Pedro Fidalgo Marques, o principal objetivo da ação de hoje do PAN. “É mais do que isso [ganhar notoriedade], é uma ação para chamar a atenção para a importância dos rios”, sublinhou, ainda com falta de fôlego, depois de nadar cerca de 30 metros até à costa.

Pedro Fidalgo Marques, do PAN, mergulha no Tejo (Lusa/ António Pedro Santos)

“Mostrámos que é preciso ter um estatuto de proteção para os nossos rios”, disse, reiterando que “votar no centrão PS/PSD não serve de nada”, porque “continuamos com as promessas, [nomeadamente a do social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa de que iria despoluir o rio] por cumprir”.

Também um eventual voto de protesto no Chega foi criticado pelo cabeça-de-lista do PAN, garantindo que o partido de extrema-direita “promete, promete e não faz nada”. “O único voto que vai fazer a alternativa e vai fazer diferença é o voto no PAN”, assegurou.

A comparação entre os dois candidatos – com 35 anos de distância temporal – serviu ainda para os jornalistas lembrarem Pedro Fidalgo Marques que Marcelo Rebelo de Sousa perdeu as eleições no ano em que mergulhou no Tejo, questionando o cabeça-de-lista do PAN sobre a eventualidade de enfrentar um mau presságio.

“Marcelo Rebelo de Sousa chegou a Presidente da República. Por isso, acho que não se pode dizer que seja um mau presságio”, referiu Pedro Fidalgo Marques, acrescentando que o que gostaria era que Marcelo Rebelo Sousa, como Presidente da República, defendesse o que a Constituição diz”. “Marcelo Rebelo de Sousa jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição e o direito ao ambiente e à natureza continua por cumprir”, acusou.

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