AO MINUTO || Parlamento elege 76 mulheres, o número mais baixo desde 2015
MOMENTOS-CHAVE
- Projeção da CNN Portugal / TVI deu vitória à AD mas deixou logo em aberto o que se verificou durante a noite - um cenário de empate técnico. Pedro Nuno Santos assumiu a derrota pelas 00:28, quando a AD tinha 77 mandatos e o PS 74. Entretanto o PS passou para 75 enquanto o secretário-geral do PS falava. No fim ficou 79 para a AD, 77 para o PS. Chega fica com 48, IL com 8, BE com 5, CDU com 4, Livre com 4, PAN com 1
- Veja aqui os resultados das eleições no seu distrito, no seu concelho e na sua freguesia
- Um a um, veja quem são os deputados eleitos - o nome, o distrito. Parlamento elege 76 mulheres, o número mais baixo desde 2015
- Montenegro espera que PS e Chega não formem "aliança negativa": "É minha expectativa que o Presidente da República me possa indigitar". Líder da AD vai manter o "não é não" ao Chega e diz que seria "maldade" quebrar essa promessa"
- "Não há 18% de racistas em Portugal": Pedro Nuno Santos quer reconquistar a confiança "dos descontentes" e deixa aviso à AD. Pelo meio anuncia que pretende "renovar o PS"
- Costa diz que "sobressalto de dúvidas judiciais por esclarecer" favoreceram Ventura
- Se o resultado na emigração for igual ao de 2022, PS e AD ficam empatados (mas isso é pouco provável)
- Do Chega à CDU: veja a lista das terras mais ferrenhas
- "Somos mais de um milhão": Ventura quer que Marcelo "ouça isso" depois de o Presidente "ter tentado condicionar o voto dos portugueses". "Os portugueses disseram que querem um governo da AD com o Chega. Seremos irresponsáveis se não o concretizarmos", disse ainda. Extrema-direita supera o milhão de votos. Chega vence na terra de Cavaco Silva
- Beja é pela primeira vez de direita - e Chega ganha o deputado que foi "sempre" da CDU. Chega vence também no distrito do Algarve (e isso contempla algo que não se via há 33 anos numas eleições em Portugal)
- Livre elege pela primeira vez no Porto, onde a AD ficou à frente do PS por cerca de 1000 votos. Chega elegeu sete deputados neste distrito
- Livre passa a ter grupo parlamentar - elege dois deputados em Lisboa (Rui Tavares) e um em Setúbal (estreia), que se juntam ao que foi eleito no Porto
- Sede da AD atacada pela Climáximo. Atacantes identificados e detidos pela polícia
- IL disponível para assumir responsabilidades e ser parte da solução - mas exclui Chega
- Inês Sousa Real (PAN) consegue manter-se no Parlamento
- Fernando Medina: "Não me passa pela cabeça tentar tirar o lugar a Pedro Nuno Santos"
- ADN fica à frente de BE, IL, CDU, Livre e PAN em Vila Real
- Polémica dos boletins de voto: ADN faz queixa, AD faz apelo, CNE diz que nomes de partidos e coligações não devem ser abordados hoje
- Albuquerque pode ter cometido “crime de propaganda”. CNE remete caso para o MP
E agora, quando teremos um novo Governo e o Parlamento em plenas funções?
Bruxelas lembra que PRR termina em 2026, regras sobre programa de estabilidade mantêm-se
Os cenários do Presidente após as eleições
O Presidente da República vai esperar pelos resultados dos círculos da emigração para nomear o primeiro-ministro.Tudo indica que Marcelo irá indigitar Luís Montenegro, mas com um cenário de ingovernabilidade no horizonte.
Montenegro gritou vitória e apelou ao PS para não formar "maioria negativa" com o Chega
A Aliança Democrática elegeu 79 deputados, apenas mais dois do que o PS. O Chega quadruplicou a votação e conquistou 48 deputados na bancada. Luís Montenegro diz esperar agora pelo convite de Marcelo Rebelo de Sousa para formar Governo.
Em Espinho, terra de coração de Luís Montenegro, a AD ganhou por 47 votos
Na terra do coração de Luís Montenegro, a notícia de que será primeiro-ministro foi bem recebida. Mas na tradicional feira local, comerciantes e clientes esperam que as condições de vida no país possam mudar para melhor.
Lembrem-se de 1999 para entender 2024: o que Marcelo pode fazer com os seus poderes neste pós-eleições
Raquel Brízida Castro, constitucionalista, analisa os procedimentos previstos e a margem de manobra existente para ser indigitado um novo primeiro-ministro - ou para marcar novas eleições, por exemplo
"Montenegro vai tentar repetir o que Cavaco fez em 1985"
Como governar em minoria? Luís Rosa, comentador da CNN Portugal, analisa. E sublinha: Luís Montenegro "não pode ignorar um milhão de eleitores" do Chega
"O Chega só ficará esvaziado quando estiver no poder e revelar que a sua raça não é diferente dos demais, porventura até pior"
Joana Amaral Dias, comentadora da CNN Portugal, afirma que uma "parte substantiva" dos eleitores votaram no Chega como "um grito de revolta: é uma expressão de indignação e de rejeição daquilo que são os partidos do bloco central". Os portugueses "sentem-se profundamente abandonados pela democracia", sublinha.
"O importante não é o Chega, o importante é o mais de um milhão de eleitores que votaram no partido e que acham que vão encontrar uma solução para o país"
Paulo Ferreira, comentador da CNN Portugal, analisa o rescaldo da noite eleitoral de domingo e diz que "Montenegro vai ter de manter a sua posição de 'não é não'". "À esquerda já se percebeu que não vai haver abertura, começando pelo PS, para negociar e haver entendimentos pontuais com o Governo da AD", avança.
Marcelo "vai querer dramatizar" mas "agora as coisas são muito simples"
Comité Central do PCP reúne-se terça-feira para analisar resultados
O Comité Central do PCP reúne-se terça-feira e vai analisar os resultados eleitorais das legislativas de domingo, nas quais o partido perdeu dois deputados, sendo as conclusões da reunião apresentadas na quarta-feira pelo secretário-geral comunista.
De acordo com a nota de agenda enviada às redações, esta reunião do órgão comunista, além de analisar os resultados eleitorais, vai ainda debater a situação política e social e “a ação e iniciativa política do partido”.
“As principais conclusões da reunião serão apresentadas pelo secretário-geral, Paulo Raimundo, em conferência de imprensa a realizar quarta-feira, dia 13, às 11:00, na sede da Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa”, acrescenta a mesma nota.
A CDU registou este domingo o pior resultado de sempre em eleições legislativas, ao perder mais 36 mil votos e descer de seis para quatro deputados, agravando ainda mais o desaire eleitoral de 2022.
Com apenas 3,3% da votação, de acordo com os resultados provisórios sem a contagem dos círculos da emigração, a Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) não foi além dos 202.565 votos, o que representa uma queda de um ponto percentual relativamente aos 4,3% de há dois anos e dos 238.962 votos então alcançados.
Líder do PP espanhol felicita Montenegro e PSD por "grande vitória"
O presidente do Partido Popular espanhol (PP), Alberto Núñez Feijóo, felicitou hoje o líder do PSD, Luís Montenegro, pela "grande vitória" nas eleições portuguesas de domingo.
Feijóo escreveu na rede social X que já falou com Luís Montenegro por telefone e dá os parabéns ao presidente do PSD e ao próprio partido "pela grande vitória eleitoral" nas legislativas de domingo.
"Alegra-me ver que os nossos irmãos portugueses escolheram o único projeto credível para a mudança em Portugal", escreveu ainda Feijóo no X (antigo Twitter).
O PP lidera atualmente a oposição em Espanha, depois de ter sido o partido mais votado nas últimas eleições espanholas, em julho do ano passado, porque uma 'geringonça' de oito formações políticas reconduziu o socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro.
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Imprensa espanhola destaca vitória "mínima" da AD e avanço da extrema-direita
A imprensa espanhola destaca hoje a vitória "mínima" da Aliança Democrática (AD) em Portugal nas eleições de domingo e o crescimento da extrema-direita, que põem fim ao "ciclo socialista" liderado por António Costa.
"As direitas impõem-se em Portugal", lê-se na primeira página da edição impressa do El Pais, num texto em que o jornal diz que "o ciclo socialista parece ter chegado ao fim em Portugal" depois de uma "vitória ajustadíssima" da AD e "quase um empate técnico" entre a aliança de centro-direita e o Partido Socialista (PS).
Já na edição na Internet, o El Pais tem como título: "O centro-direita ganha por mínimos em Portugal e os ultras reivindicam entrar no Governo", numa referência ao Chega.
O El Mundo, outro jornal nacional espanhol, dedica dois artigos a Portugal na edição 'online', onde escreve, num dos títulos: "Portugal com empate técnico. E agora?"
O jornal escreve que Portugal pode viver "semanas de incerteza" em relação ao novo Governo se o líder do PSD, Luís Montenegro, que conseguiu uma "vitória mínima", "mantiver o compromisso de não fazer acordos com a direita radical do Chega".
O El Mundo sublinha que "a direita dura do Chega disparou de 7,2% para 18% dos votos e superou um milhão de votos".
Na Catalunha, o jornal La Vanguardia escreve, na primeira página, que "as direitas impõem-se em Portugal face ao retrocesso socialista" e sublinha a duplicação de votos na extrema-direita.
"Portugal virou ontem à direita pelo carril do extremismo depois de uma contagem renhida até quase ao último voto", lê-se no La Vanguardia.
Na Galiza, o La Voz de Galicia destaca na primeira página da edição impressa o "empate nas eleições portuguesas" e a vitória "mínima" da AD de Montenegro, que "tentará formar governo".
O jornal destaca também que o Chega "quadruplicou os deputados" que tinha na legislatura anterior.
A televisão pública nacional espanhola (RTVE) tem na página na Internet o título: "Os socialistas concedem a vitória à coligação conservadora no meio de um empate técnico".
Jornais destacam viragem à direita nas legislativas com subida do Chega
A viragem do país à direita nas eleições de domingo, com a perda de votos à esquerda e subida do Chega, que consegue quase 50 deputados, marca os jornais de hoje, que apontam como positiva a queda da abstanção.
Os jornais destacam a “vitória frágil” da Aliança Democrática (AD), que não lhe permite apenas com a Iniciativa Liberal (IL) conseguir maioria no parlamento, assim como o “fecho de um ciclo” aos 50 anos do 25 de abril de que falava o Presidente da República na sua comunicação ao país no sábado, com o bipartidarismo a ser substituído por três blocos: AD, PS e Chega.
O Público titula em manchete que as eleições de domingo tornaram Portugal “Um País à Direita”, com a “vitória tangencial” da AD, que lhe permite governar em maioria relativa, e aponta ainda única subida verdadeira à esquerda: a do Livre, de Rui Tavares, que de um passa a ter quatro deputados no parlamento.
O jornal refere ainda que com os resultados de domingo a CDU “afunda-se”, enquanto a Iniciativa Liberal (IL), o Bloco de Esquerda (BE) e o PAN mantêm os deputados que tinham nos respetivos grupos parlamentares.
No editorial, lembra que Montenegro poderá ter de esperar pelos resultados da emigração (que elege quatro deputados) para poder receber o convite de Marcelo Rebelo de Sousa para formar Governo e que à sua espera terá “um caminho muito espinhoso”.
E recorda a frase do Presidente d República na sua comunicação ao país no sábado, numa reflexão em jeito de recado: “Fecha-se um ciclo de meio século na nossa História, abre-se outro, novas exigências, novas ambições, mas sempre com os mesmos valores: Democracia, Liberdade e Igualdade”.
O Correio da Manhã escreve que o “Furacão Chega vira país à direita” e lembra a ironia de, no ano em que se comemoram os 25 anos do 25 de abril, os portugueses terem votado de forma a permitir que um partido de extrema-direita tenha cerca de 50 deputados no parlamento.
“Uma vitória frágil num país partido” é a manchete de hoje do Jornal de Notícias (JN), que destaca o “resultado muito curto” conseguido por Luís Montenegro, mesmo somando os votos da Iniciativa Liberal (IL).
O JN sublinha a “boa notícia” da inversão de ciclo da subida da abstenção que se vinha a registar, com os portugueses a marcarem maior presença nas eleições de domingo, mas mostrando “um país zangado e desiludido com a falta de soluções para os problemas”, refere no editorial.
Lembra que “o teste decisivo” será o Orçamento do Estado e que o Presidente da República terá “um papel de peso”, gerindo os “equilíbrios precários” deixados pelos resultados eleitorais de domingo.
Já o Diário der Notícias (DN) titula em manchete que “AD mais IL não Chega!”, lembrando que, mesmo que se aliem, AD e IL “não garantem uma maioria de Governo ao social-democrata Luis Montenegro, que no seu discurso de vitória prometeu “cumprir a mudança” pedida pelos portugueses.
Lembra igualmente o valor da abstenção, que rondou os 34%, “a mais baixa desde 1995”, a perda de cerca de meio milhão de votos do PS e aponta que, à esquerda dos socialistas, o Livre foi “o grande vencedor”, ao passar de um para quatro deputados.
O Negócios fala de um “País partido”, com o Chega a subir “de forma vertiginosa” e a ficar com a viabilização do Governo “nas mãos”.
No editorial, o jornal refere que “a catalogação do Chega é relevante para saber se existe uma maioria de direita” e aponta “o maior desafio” do partido de André Ventura: “saber como se manter relevante quando é renegado pelo centro-direita e o próprio Presidente da República”.
Aponta ainda o recuperar do protagonismo que Marcelo Rebelo de Sousa teve durante o Governo da ‘geringonça’ de António Costa, ao definir, “ainda que indiretamente”, os pressupostos de um novo Executivo, lembrando que o PR já disse que “fará tudo para evitar a entrada no Chega no futuro Governo” e que “será também julgado em função dessa promessa”.
Imprensa europeia destaca ascensão de extrema-direita e instabilidade
A imprensa europeia em Bruxelas destaca hoje a ascensão da extrema-direita em Portugal nas eleições legislativas de domingo, com “nova vaga dos populistas”, apontando que a viragem à direita, que venceu os socialistas, é feita com instabilidade parlamentar.
Na ‘newsletter’ da manhã “Europe Express” do jornal britânico Financial Times, com foco em assuntos europeus, lê-se que “a oposição de centro-direita de Portugal ganhou as eleições parlamentares de ontem [domingo], mas não conseguiu a maioria, uma vez que o apoio ao partido de extrema-direita Chega aumentou, tornando-o num potencial fazedor de reis”, tendo grande influência na formação de Governo.
Por seu lado, na ‘newsletter” da agência de notícias financeira Bloomberg também focada na ‘bolha’ europeia, lê-se que “o rápido crescimento das forças de direita na Europa continuou ontem [domingo] em Portugal, quando o partido de extrema-direita Chega quadruplicou a sua representação no Parlamento”.
“A aliança de centro-direita - AD - obteve o maior número de lugares, derrotando os socialistas, cuja quota de votos caiu, enquanto o Chega conseguiu um forte resultado de terceiro lugar, assegurando cerca de 50 lugares”, acrescenta.
Já o jornal ‘online’ Politico escreve na sua ‘newsletter’ designada “Brussels Playbook” que, “após quase nove anos no poder e de um escândalo de corrupção que manchou o governo de António Costa, os eleitores portugueses castigaram os socialistas”, com “viragem à direita”.
Relatando os resultados provisórios de domingo, o Politico aponta que “não há uma maioria clara para nenhuma das forças tradicionais”, antevendo que, “após consultas com os líderes partidários, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, deva convidar [Luís] Montenegro a formar governo”.
Ainda assim, de acordo com Politico, “a turbulência está à porta”, dado que a AD não conquistou maioria absoluta e Luís Montenegro sublinhou que não faria qualquer acordo político com a extrema-direita.
Este jornal fala ainda num “mau dia para os socialistas” nacionais e europeus, dado que agora apenas governam em apenas quatro dos 27 Estados-membros da União Europeia.
O jornal ‘online’ Euractiv, parceiro da Lusa, aponta na sua ‘newsletter’ focada em temas dos Estados-membros europeus “The Capitals” que “o eleitorado português não respondeu aos apelos para um voto útil nas eleições legislativas de domingo, resultando no parlamento mais fragmentado de sempre e com o Chega, de extrema-direita, a ser o grande vencedor”.
“O Chega, de extrema-direita, quadruplicou o seu poder e ainda não se sabe se as forças dominantes o vão isolar”, adianta o Euractiv.
Na mesma linha, o jornal diário belga Le Soir salienta na sua página na internet que, em Portugal, “o parlamento vira-se para a direita, com a extrema-direita em terceiro lugar”.
“A três meses das eleições europeias, estas eleições, precipitadas pela demissão do primeiro-ministro cessante António Costa, que não se recandidatou, confirmam que a extrema-direita está a ganhar terreno no Velho Continente”, a Europa, escreve o Le Soir.
O também jornal belga La Libre indica que “Portugal vira-se para a direita com a ascensão dos populistas”, enquanto a emissora de rádio e televisão pública belga, RTBF, fala numa “vitória apertada do centro-direita e forte impulso populista”.
Imprensa britânica destaca incerteza sobre governação em Portugal
A viragem do país para a direita nas eleições legislativas portuguesas de domingo são hoje motivo de notícia nas páginas eletrónicas de vários jornais britânicos, que destacam a incerteza em relação ao próximo governo.
O jornal The Times refere que o líder do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, concedeu a derrota ainda no domingo “apesar de uma margem muito pequena” e destaca que o Chega, de extrema-direita, quadruplicou o número de deputados.
"O resultado representa um ganho significativo para a direita na União Europeia, onde partidos de direita venceram eleições ou aderiram a coligações em Itália, Grécia, Suécia e Finlândia nos últimos dois anos”, salienta o jornal.
O Times prevê que a Alternativa Democrática "poderá tentar formar um governo minoritário sem o Chega que pode ser instável” pois dependeria da abstenção do PS em votações importantes.
O jornal The Guardian refere que o líder do PSD, Luís Montenegro, o principal partido da Aliança Democrática, vai estar sob "pressão considerável do seu próprio partido para chegar a um acordo com o partido de extrema-direita para ajudar o PSD a chegar ao governo”.
"Mesmo com o apoio da Iniciativa Liberal, de menor dimensão, de centro-direita, qualquer potencial governo minoritário liderado pela Aliança Democrática provavelmente ainda teria de contar com o apoio do Chega para aprovar legislação, deixando a sua estabilidade nas mãos da extrema direita”, observa.
O ‘site’ da estação BBC salienta que “o centro-direita de Portugal reivindicou uma vitória eleitoral estreita, mas tem poucas hipóteses de formar um governo maioritário” e que o país acabou com “o parlamento mais fragmentado desde o fim da sua ditadura, há meio século atrás."
IL mantém os atuais oito deputados e elege pela primeira vez em Aveiro
A IL manteve os atuais oito deputados nas legislativas de domingo, elegendo, pela primeira vez, em Aveiro, e mostrou-se disponível para ser parte de uma futura solução governativa, depois da vitória da Aliança Democrática (AD).
De acordo com os dados provisórios do território nacional (faltando apurar os quatro deputados da emigração), em 226 lugares no parlamento a Iniciativa Liberal (IL) reelegeu oito, nomeadamente três em Lisboa, dois no Porto, um em Setúbal, um em Braga – o líder do partido, Rui Rocha – e, pela primeira vez, um em Aveiro.
A IL manteve-se como a quarta força política em Portugal, ultrapassando os “históricos” Bloco de Esquerda e PCP.
Com 5,08% da votação, a IL conseguiu 312.033 votos, mais 43.619 do que nas últimas legislativas de 2022, em que o PS teve maioria absoluta.
Estas são as terceiras eleições legislativas às quais a IL concorre, tendo João Cotrim de Figueiredo sido o primeiro deputado da história do partido quando conseguiu a eleição nas legislativas de 2019.