Se o resultado na emigração for igual ao de 2022, PS e AD ficam empatados (mas isso é pouco provável)

11 mar, 02:01
Debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro (Lusa/ José Sena Goulão)

Vitória do PS ainda é possível, tal como o empate entre os dois maiores partidos

Europa e Fora da Europa. É para estes círculos eleitorais, muitas vezes desvalorizados, que todos os olhos apontam. É pouco provável que o PS venha a conseguir os quatro deputados por ali eleitos - nunca aconteceu -, tal como é pouco provável que venha a conseguir três dos quatro.

Mas a aritmética conta, e este último cenário foi o de 2022, com os socialistas a elegerem três dos quatro deputados. Se assim fosse, e assumindo que o outro deputado ia para a Aliança Democrática havia um golpe de teatro e PS e AD ficariam empatados com 80 deputados cada um.

Apesar desta possibilidade, nem o PS parece acreditar numa reviravolta. De resto, o próprio Pedro Nuno Santos reconheceu a derrota, afirmando que iria passar a fazer parte da oposição a partir daqui.

Por outro lado existe uma perspetiva, mesmo que remota, de o Chega poder vir a eleger no círculo Fora da Europa, nomeadamente pela contabilização de votos de eleitores que vivem nos Estados Unidos ou no Brasil e que se aproximaram de políticas como as de Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O melhor é mesmo esperar alguns dias - só com estes dois círculos eleitorais fechados é que teremos a certeza de quem poderá assumir a governação do país, mesmo que Luís Montenegro já tenha pedido ao Presidente da República para o indigitar.

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