FC Porto-Sporting, 2-2 (destaques dos leões)

Vítor Maia , Estádio do Dragão, Porto
28 abr, 22:36
FC Porto-Sporting (AP Photo/Luis Vieira)

Recuperação às cavalitas de Gyökeres

Figura: Viktor Gyökeres

O sueco entrou ao intervalo, esteve irreconhecível durante 42 minutos, mas surgiu em dois minutos fez dois golos (87m e 88m) e resgatou o Sporting de um buraco fundo onde estava enterrado desde o fim da primeira parte. O «bombardeiro» nórdico continua a ser o jogador mais influente da Liga e voltou a prová-lo esta noite mesmo em inferioridade física. Faltam palavras para descrever Gyökeres não pelos golos, mas pela forma como altera por completo a cara e a dinâmica dos leões.

Momento do jogo: «furacão» Gyökeres silencia Dragão, minuto 88

Um minuto após ter feito o 2-1, o Sporting chegou ao empate no Clássico frente ao FC Porto. Os dragões perderam a bola depois de esta ter saído no meio-campo, os leões transitaram e Edwards cruzou rasteiro de pé direito para o desvio de Gyökeres nas costas de Martim Fernandes. O Sporting saiu de um buraco que parecia difícil de sair às costas do sueco.

Outros destaques:

Daniel Bragança: criterioso com bola, inteligente na ocupação dos espaços nas costas da linha média contrária, o médio fez um jogo interessante com bola. Sentiu, no entanto, dificuldades para responder ao jogo de transições que o FC Porto, a espaços, conseguiu desenvolver e ficou mal na fotografia no lance sensacional de Martim Fernandes que resultou no 2-0. Não voltou para a segunda parte.

Nuno Santos: Amorim demorou cerca de uma hora a abandonar a ideia de ter Inácio como ala-esquerdo e lançou o jogador que passou pela formação do FC Porto. O esquerdino deu capacidade de ataque à profundidade e ofereceu outro critério no cruzamento. Foi, de resto, assim que o Sporting reduziu: cruzamento de Nuno Sanos e finalização de Gyökeres. Fica a sensação que demorou muito a saltar para o relvado.

Franco Israel: o guarda-redes não foi o porto seguro que o Sporting precisou a jogar fora de casa num ambiente hostil. Israel cometeu erros, revelou-se nervoso e acabou por contagiar os colegas – Diomande que o diga. O uruguaio falhou o passe e ofereceu o 1-0 ao FC Porto e pareceu mal colocado no remate de Pepê que originou o segundo golo dos dragões. Bem pode agradecer a Gyökeres por não sair do Dragão como réu de uma possível derrota do Sporting.

Edwards: o inglês continua a ser capaz do melhor e do pior. Ora empolga com o drible curto e desconcertante, ora comete erros infantis e quase que inaceitáveis em alto nível – a agressão a Galeno depois de a equipa ter feito o 2-2 é de difícil compreensão. Edwards merece o destaque pelo passe decisivo que resultou no empate do Sporting.

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