Benfica-V. Guimarães, 4-0 (crónica)

1 jun 2003, 20:09

Jogo em «clima» de férias Muitos golos, mas pouca emoção ou qualidade. A ideia parecia ser jogar quanto baste e já a pensar nas férias.

O Benfica goleou o V. Guimarães, por 4-0, em partida da 34ª jornada da Superliga, a última da temporada. Notou-se um clima de férias... Jogar q.b. (quanto baste), porque a partida já não decidia nada. Os encarnados dominaram grande parte do encontro e beneficiaram da expulsão de Cléber, aos 23 minutos. Para além disso, Camacho teve de fazer alterações forçadas e Fehér mereceu, pela primeira vez na era Camacho, a titularidade. O húngaro mostrou que se tratou de uma aposta tardia. Três golos fizeram dele o homem do jogo.

O golo de Fehér, aos 15 minutos, já era esperado, dado o domínio encarnado. O Benfica foi a equipa que mais tentou chegar à baliza adversária e conseguiu-o, mas não sem antes sofrer dois sustos. Um no primeiro minuto de jogo e outro aos sete minutos. A partir daí, tirando os remates de média distância de Pedro Mendes, nada digno de registo, mas também não podemos esquecer que Cléber foi expulso a meio do primeiro tempo.

Notaram-se os remendos na defesa do Benfica. O flanco direito acusou a falta da velocidade de Miguel e na esquerda faltou a consistência de Ricardo Rocha. Armando e Cabral tentaram, mas o pouco ritmo competitivo fez notar-se. O meio-campo e o ataque tentaram construir golos, mas falhava sempre o último passe. A persistência acabou por dar os seus frutos e os encarnados marcaram ainda por duas vezes antes do intervalo. Primeiro foi Tiago, o «médio goleador», aos 41 minutos, depois foi (novamente) Fehér contava o minuto 43.

Na segunda metade, um domínio inicial do Benfica, mas a qualidade (que já não era «grande espingarda») caiu... Depois dos primeiros 10/15 minutos o V. Guimarães começou a subir mais e houve momentos em que parecia acreditar que podia superar os três golos sofridos. A intenção até foi boa, os resultados nem por isso. Os vimaranenses não marcaram, os passes errados (nas duas equipas) foram mais que muitos. As emoções só se viviam fora das quatro linhas. O público não arrefeceu com a chuva e os adeptos do Benfica lá foram puxando pela equipa porque queriam acabar bem e para isso eram exigidos golos.

O V. Guimarães criou uma grande oportunidade durante toda a segunda parte, através de uma iniciativa de Romeu, mas foi o Benfica que voltou a marcar. Fehér outra vez. O cruzamento foi de Simão e o húngaro estava onde era necessário. Camacho ainda tentou estruturar a equipa de modo a que Simão marcasse algum golo. O extremo estava na discussão da Bota de Ouro, com mais um golo que Fary, mas o senegalês marcou e superou o jogador encarnado (no desempate, embora com o mesmo número de golos ¿ 18).

O jogo não teve muita qualidade. Emoção também não houve muita, mas os golos sempre deram para animar. Fehér parece ter surgido «tarde demais». Terminou o jogo e o campeonato. As contas «cá por cima» estavam definidas. Agora arrumam-se as chuteiras, que é tempo de descanso.

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