Ucrânia ignora avisos do Kremlin e usa armas dos EUA para atingir solo russo

3 jun, 23:32
Lançadores de foguetes HIMARS (AP Photo)

Rússia ameaçou os EUA de que correm o risco de enfrentar "consequências fatais" caso autorizem o uso de armas norte-americanas em ataques em solo russo

As forças ucranianas utilizaram mísseis Himars fornecidos pelos EUA para destruir um sistema avançado de defesa anti-aérea no território russo, apesar dos avisos do Kremlin para que os EUA não apoiem ataques transfronteiriços com as suas armas, avança o Telegraph.

De acordo com a mesma fonte, vários mísseis terão atingido no domingo uma instalação de defesa na cidade russa de Belgorod, onde as forças russas armazenavam mísseis terra-ar S-300/400.

Esta segunda-feira, o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, voltou a avisar os EUA, ameaçando que correm o risco de enfrentar "consequências fatais" caso autorizem o uso de armas norte-americanas pelas forças ucranianas ataques em solo russo.

“Gostaria de alertar os líderes norte-americanos contra erros de cálculo que podem ter consequências fatais. Por razões desconhecidas, eles subestimam a seriedade da repulsa que podem receber”, ameaçou Ryabkov, citado pela agência de notícias estatal russa RIA Novosti.

Segundo o Telegraph, ainda não é claro se este ataque a Belgorod constitui uma violação dos limites impostos pelos EUA para a utilização de armas em território russo, mas a verdade é que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu autorização para usar munições norte-americanas em ataques de longo alcance.

Além dos EUA, outros aliados de Kiev no Ocidente - como a Alemanha, França e até Portugal - têm vindo a autorizar o uso de armas da NATO no território russo. O secretário-geral da Aliança Atlântica, rejeita que essa decisão possa "intensificar o conflito", lembrando que "a autodefesa é um direito fundamental". Aliás, para Jens Stoltenberg, este alívio das restrições no uso de armas da NATO na Rússia é um sinal de que "a guerra mudou".

"Porque agora a linha da frente não está no interior da Ucrânia. Agora, os combates dão-se em Kharkiv e na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia", salientou, na passada sexta-feira.

Relacionados

Europa

Mais Europa

Patrocinados