Pelo menos 21 pessoas, incluindo crianças, morreram após ataques aéreos russos na cidade de Sumy durante a noite. Ao início da manhã, russos garantiram que civis podiam sair com segurança, mas em Mariupol o cessar-fogo terá sido violado e civis terão sido atingidos
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A cidade de Sumy foi atacada durante a noite. Um ataque aéreo russo destruiu casas e atingiu vários civis, incluindo duas crianças. De acordo com o último balanço das autoridades ucranianas, morreram 21 pessoas.
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Em Kiev, a noite foi novamente de combates na periferia e o sistema de defesa antiaérea intercetou vários projetéis dirigidos ao centro da capital ucraniana. As autoridades já distribuíram dezenas de milhares de armas a civis, preparando-os para os combates na rua, e há cada vez mais barricadas na cidade.
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O cessar-fogo começou em Sumy, às 8:00, com uma hora de atraso, e começaram a ser retirados civis pelos corredores humanitários em autocarros e carros.
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Pouco depois, seguiu-se Irpin, nos arredores de Kiev, que tem sido palco de intensos combates, inclusive durante a retirada de cidadãos. Os serviços de emergência já divulgaram imagens da evacuação, onde revelam que três mil pessoas receberam auxílio e os trabalhos continuam.
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Para Mariupol, que continua cercada pelas tropas russas, seguiram 30 autocarros para retirar civis através dos corredores humanitários que foram autorizados. Segundo o porta-voz do ministro, Oleg Nikolenko, a rota de evacuação foi bombardeada entre Zaporizhzhia e Mariupol. Fala mesmo em "violação de cessar-fogo".
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Foi também aberto um corredor humanitário em Chernihiv, na região de Siverskyi, onde os militares ucranianos continuam a defender-se da ofensiva russa.
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Enquanto em algumas cidades decorre o cessar-fogo para a retirada de civis, em Zhytomyr, no norte do país, as tropas russas estão a bombardear infraestruturas civis e habitacionais.
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Uma instalação de pesquisa nuclear em Kharkiv terá sido danificada durante um bombardeamento russo, de acordo com um comunicado da Agência Internacional de Energia Atómica. A agência acrescenta que não foram detetados aumentos na radiação perto da instalação danificada, localizada no nordeste da Ucrânia.
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O subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, exigiu que sejam criados corredores seguros para que possa ser entregue ajuda humanitária nas zonas de conflito na Ucrânia e para "permitir a passagem segura de civis para deixar áreas de hostilidades ativas numa base voluntária, na direcção que escolherem". A ONU alerta ainda que os ataques a hospitais, ambulâncias e outras instalações de saúde na Ucrânia aumentaram rapidamente nos últimos dias.
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O Pentágono diz que o número de vítimas civis está a aumentar como consequência da mudança de estratégia da Rússia para ataques de longo alcance. Este crescente uso de ataques de longo alcance contra alvos ucranianos está a levar a um aumento de baixas civis e danos à infraestrutura civil.
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou os países ocidentais que a guerra não vai parar na Ucrânia. Nos vídeos divulgados no dia de hoje, o líder ucraniano voltou a não poupar críticas ao Ocidente, dizendo que há 13 dias que aguarda pela ajuda aérea que lhe foi prometida, e chegou mesmo a lamentar a morte de uma criança, por desidratação, em Mariupol, cidade cercada e sem acesso a água, luz, energia e ajuda humanitária.
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O Japão anunciou que vai impor mais sanções contra a Rússia e a Bielorrússia. O novo pacote de sanções implica o congelamento de bens detidos por uma série de membros do governo e outras entidades, mas também a proibição de exportações de equipamento de refinação de petróleo para a Rússia. No caso da Bielorrúsia, fica proibida a exportação de produtos de dupla utilização.
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As forças armadas ucranianas afirmam que as tropas de Putin estão "desmoralizadas" devido às perdas que têm sofrido em termos de vidas e de equipamentos militares e que, em algumas áreas, os soldados russos estão a desertar.
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O número de refugiados pode ser superior a dois milhões de refugiados entre "hoje ou amanhã", estimou o Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.
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A União Europeia prepara-se para aplicar novas sanções à Rússia e à Bielorrússia pela guerra na Ucrânia e entre as medidas estará a exclusão de três bancos bielorussos dos sistema bancário SWIFT.
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A petrolífera britânica Shell anunciou que vai deixar de importar petróleo e gás russos e pediu desculpas por ter comprado petróleo russo na semana passada, já com a guerra em curso.
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A Rússia respondeu às sanções económicas de que está a ser alvo, e ameaçou cortar o gás que chega à Europa através do gasoduto Nord Stream 1.