Instituto Português do Sangue faz apelo aos portugueses: “É importante que todos os que possam deem sangue nos meses de dezembro e janeiro”

Agência Lusa , DCT
9 dez 2021, 15:04
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Trata-se dos meses em que é mais necessário “reforçar a dádiva”

O Instituto Português do Sangue apelou esta quinta-feira à dádiva de sangue, sobretudo durante os meses de dezembro e janeiro, alertando que as reservas estão em níveis normais, mas é preciso evitar o impacto de exigências da pandemia como os isolamentos profiláticos.

Em declarações à agência Lusa, a presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Maria Antónia Escoval Martins, disse que as reservas estão com níveis "normais para esta altura do ano", mas insistiu: “é importante que todos os que possam deem sangue nos meses de dezembro e janeiro”, aqueles em que é mais necessário “reforçar a dádiva”.

“Tradicionalmente já temos as infeções respiratórias e, este ano, há também as infeções covid e os isolamentos profiláticos. Há muitas pessoas em isolamento profilático e há um período de suspensão para quem tem infeções respiratórias e para quem tem infeções covid”, explicou.

“A probabilidade de transmissão através da transfusão é um risco puramente teórico, mas nós usamos sempre medidas de precaução”, acrescentou a responsável.

Maria Antónia Escoval Martins disse que as reservas no IPST estão entre cinco a 43 dias e que, a nível nacional, contando com os hospitais, situam-se entre 16 a 59 dias.

“São valores habituais para esta época do ano, mas os meses de dezembro e janeiro são sempre aqueles em que necessitamos mais de reforçar a dádiva”, explicou.

A presidente do IPST considerou que este ano foi “particularmente bom para a dádiva de sangue”, sublinhando que até final de novembro, só no IPST (representa 60% das colheitas), havia mais 8,5% de dádivas, mas lembra que há igualmente “mais 7,5% de distribuição de componentes sanguíneos do que em 2020”.

A responsável explicou que o instituto enviou esta semana às federações e associações de dadores de sangue “uma mensagem para, preventivamente, se fazer um contacto de proximidade com todos os dadores para reforçar dádiva”.

“Preocupa-nos não só a situação das festas, como da primeira semana de janeiro, com as pessoas em teletrabalho, pois temos de garantir todos os dias nos hospitais 800 a 1.000 unidades de sangue e componentes sanguíneos”, afirmou.

Maria Antónia Escoval Martins disse que, no âmbito da estratégia do IPST para promover a dávida nos meses de dezembro e janeiro, foram igualmente contactados os outros serviços de sangue, as universidades, as associações de estudantes, as federações universitárias, as juntas de freguesia e os clubes desportivos.

Recordou ainda que, por causa da pandemia, tem havido alterações na frequência das faculdades, que asseguravam a dádiva de sangue em dois períodos “muitos marcados” (novembro-dezembro e março-abril).

A presidente do IPST apontou ainda a dádiva que habitualmente era feita nas unidades móveis de colheita, que com as exigências da pandemia, designadamente a necessidade de distanciamento, não estão a funcionar.

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