Filipe Coelho (Vilafranquense): «A vitória é muito do ex-treinador também»

20 nov 2016, 18:20
Vilafranquense-Paços Ferreira (Lusa)

José Sousa saiu no início da semana, mas não foi esquecido pelo sucessor

Filipe Coelho, treinador do Vilafranquense, analisa a vitória sobre o Paços de Ferreira (1-0) e passagem aos oitavos de final da Taça de Portugal:

«A avaliação do trabalho de um treinador nunca pode ser feita com base em apenas um jogo. Esta vitória é muito dos jogadores e também do ex-treinador. Eu fiz quatro treinos. Claro que há uma parte psicológica que é nossa, é o impacto que se pretende com uma troca, mas esta vitória é muito do Sousa também.»

«Sabíamos que tínhamos de estar bem despertos, bem concentrados, com uma organização forte. O tempo corria a nosso favor. Não podíamos entrar em loucuras inicialmente. No tempo certo íamos ter as nossas oportunidades, e penso que fomos justos vencedores. Queria também salientar que jogámos com dois juniores durante noventa minutos (Tiago Martins e Miguel Lourenço). Deve ser inédito. É uma equipa muito jovem. Este é o projeto. Queremos continuar a lançar jovens, e estes jogos são fundamentais para que percebam que não estão assim tão distantes do mais alto nível.»

«O Miguel era juvenil de primeiro ano e já trabalhava sempre comigo na anterior passagem. O Nélson Veiga não podia jogar e optámos pelo Miguel, por conhecer melhor aquilo que eu quero. Correu bem. Quando assim é o jogador está de parabéns e o treinador também, Há sempre um risco. Se corresse mal o treinador não percebia nada disto. Faz parte.»

«Houve uma coesão enorme, uma organização forte. O Paços só estava a criar oportunidades em lances de bola parada, nomeadamente nos cantos. As melhores oportunidades da primeira parte acabam por ser nossas. O campo estava difícil, mas tivemos a capacidade de nos adaptar.»

[sobre o impacto que esta vitória pode ter no trajeto no Campeonato de Portugal] «É o principal impacto que procuro: ter este campo mais vezes assim, ter a cidade mais vezes connosco. Temos de transportar isto para o campeonato, para consegurimos a permanência e preparar a próxima época de forma mais ambiciosa.»

[agora querem um «grande»?] «Não pensei nisso. Quero jogos que façam crescer os meus atletas, que nos coloquem à prova. Claro que um grande é importante para o clube, sobretudo financeiramente, mas não podemos esconder que há uma diferença muito grande no valor dos atletas. Não estou preocupado com isso. Ninguém nos pode tirar a vontade de querer chegar mais além.»

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