Amorim: «Até o Presidente da República anda entre testes positivos e negativos»

18 jan 2021, 18:58

Treinador do Sporting diz que foi «frustrante» ter ficado privado de Sporar e Nuno Mendes no último jogo com o Rio Ave

Ruben Amorim assume que foi «frustrante» não ter podido contar com Sporar e Nuno Mendes no último jogo com o Rio Ave depois do clube ter anunciado esta segunda-feira que, afinal, os dois jogadores tiveram testes «falsos positivos».

«Realmente é pouco frustrante, mas não empatámos porque eles não estavam a jogar. Não foi por isso, não nos vamos esconder atrás disso», começou por destacar.

Mais do que o último resultado negativo, o treinador destaque a interferência que esses casos tiveram no ambiente do grupo. «É sempre bom poder contar com eles, cria bom ambiente. Quando existem estes surtos, é difícil lidar com isto, voltar a focar no jogo. Todas as equipas estão a viver isso. São mais dois jogadores, estão saudáveis, graças a Deus. Temos de ir a jogo e tentar vencer», acrescentou.

A continuidade do futebol volta agora a ser questionada face ao número crescente de casos de covid-19 que demonstram que não é possível manter a modalidade numa chamada «bolha». Ruben Amorim diz que a situação é complicada em todos os setores da sociedade e lembra que nem o presidente da república escapou ao vírus.

«É difícil controlar tudo, toda a gente apanha , até o Presidente da República apanha. Uma pessoa como ele, que deve ser uma pessoa controlada e protegida, está sempre entre testes positivos e negativos», começou por comentar o treinador do Sporting.

Por outro lado, Ruben Amorim defende que o país, e particularmente o futebol, não podem parar. «Temos de salvaguardar as pessoas, a vida das pessoas está em primeiro lugar, mas a vida também passa por continuar a viver-se. Há pessoas para decidir isso e fazem o máximo para nos proteger. Não somos a Inglaterra ou França que podem parar tudo e começar onde pararam. Sabemos as dificuldades do país e do futebol português», prosseguiu.

O treinador lembra que, em caso de paragem total, não serão os treinadores ou os jogadores que mais vão sofrer. «Certamente que não somos nós que vamos sofrer se isto parar, temos contrato e vamos continuar a trabalhar. Quem vai sofrer são as pessoas à volta do clube como já sofreram. Penso que vamos aguentar o barco, penso que vamos conseguir», disse ainda.

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