Portugal-Rep.Irlanda (sub-21), 3-1 (destaques)

6 out 2000, 23:56

Personalidade de Cândido numa equipa à deriva do meio-campo Quando Hugo Leal e Ednilson melhoraram a equipa começou, finalmente, a jogar. Cândido Costa não precisou de melhorar, foi constante, persistente e decisivo, obtendo como recompensa o golo que lançou os portugueses para a reviravolta.

Cândido Costa

Decisivo na vitória portuguesa, ao conseguir o primeiro golo (com uma frieza de assinalar e um pontapé fulminante), foi também o mais inconformado e persistente da equipa nacional. Tentou ser ele, por vezes, a assumir a organização do ataque, mas nessas ocasiões, ganhando-se no meio, perdia-se capacidade de explosão na frente. Deambulou pelo ataque à procura de espaços, fazendo um pique aqui, uma finta ali, e acabou por obter a recompensa. 

Sérgio Leite

Contas feitas não teve muito trabalho, mas foi mais uma vez fundamental. Aquela estirada aos 15 minutos, com o pontapé de Reddy a encaminhar-se para a gaveta que fica junto ao poste esquerdo, permitiu adiar o golo irlandês, numa altura em que a equipa não se encontrava e um golpe no marcador poderia significar o descalabro. Seguro em tudo o que fez, trouxe tranquilidade à equipa. 

Hugo Leal e Ednilson

Portugal pode queixar-se da dupla do meio-campo pelo fracasso dos primeiros 30 minutos, pela inoperância dos segundos e agradecer pela reviravolta nos terceiros. Enquanto Hugo Leal e Ednilson não acertaram nas tarefas defensivas a meio-campo a Irlanda pôde atacar como quis, com os médios a surgirem no apoio aos homens mais adiantados sem grandes problemas. Corrigida essa lacuna, eram os maus passes que impediam que Portugal se aproximasse com mais frequência e em melhores condições do golo. Já com a segunda parte avançada, finalmente, Ednilson e Hugo Leal (especialmente este) começaram então a fazer o que se lhes pedia. E os golos aconteceram. 

Semedo

O que dizer mais deste extremo que joga na Selecção como joga no Estrela e como jogava no Casa Pia no ano passado? Semedo é rápido e não deixa que a responsabilidade ou a pressão o detenham. Entrou, correu, pressionou, marcou. Na estreia com a camisola da Selecção portuguesa. 

Flancos

A Irlanda não se preocupou muito com as alas, preferiu apostar no futebol pelo meio do terreno. Deixou os laterais entregues à sua sorte e Healy e Clarke resguardaram-se, raramente subindo no terreno. Portugal podia ter aproveitado. Os avançados trocavam muitas vezes de posição, baralhando a Irlanda e abrindo espaços. Marco Almeida e Fredy procuraram subir no terreno mas foram ineficazes, raramente optando pela melhor solução ou, para não destoar, errando passes e cruzamentos. 

Reddy

O mais perigoso da Irlanda, rápido e possante, como provou aos 15 minutos, quando passou como quis por Marco Almeida, e aos 45, quando foi mais rápido que Tonel para marcar o golo. Mais desapoiado, foi mais inconstante mas igualmente venenoso no segundo tempo, mas viu o árbitro perdoar-lhe uma expulsão, safando-se com um cartão amarelo depois de agressão a Caneira.

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