«Engoli sapos e elefantes», recorda Nélson

31 ago 2000, 16:19

Defesa-direito vive tempos felizes na Selecção Depois de um período difícil, Nélson assume-se finalmente como titular do F. C. Porto e da Selecção Nacional. A «forma positiva» como encarou as dificuldades foi o segredo deste renascimento, diz o próprio.

Chegou, finalmente, o tempo de Nélson. O defesa-direito do F. C. Porto assume-se como titular da Selecção Nacional aos 28 anos. Mais tarde do que pensava, mas bem a tempo de sentir «o orgulho de integrar uma das melhores equipas do Mundo». 

Nélson passou recentemente tempos difíceis. Basta lembrar que na época passada militou até quase ao final do Campeonato na equipa B do F. C. Porto, só depois se assumindo no plantel principal. Este ano tudo parece correr bem, quer no clube quer na Selecção. 

«Representando o F. C. Porto sempre tive esperança de ser chamado à Selecção, independentemente da fase pior por que passei. Nessa altura pensava primeiro em impor-me no clube, claro, mas nunca deixei de pensar em representar o país», destaca o lateral que vai defender o lado direito português na Estónia. 

Nélson lembra que «desde 92 ou 93» que faz parte das convocatórias da equipa das quinas, mas apenas contabiliza «oito internacionalizações». Uma situação que vê agora mudar com natural agrado: «Ao estar numa das melhores equipas do Mundo sinto-me entre os melhores jogadores do Mundo. Isso é muito bom.» 

Olhando um pouco para o passado recente, Nélson sublinha que a forma «positiva» como encarou os tempos difíceis foi determinante para a reconquista do sucesso: «A vida às vezes prega-nos algumas partidas. O que sucedeu comigo foi uma mescla de situações alheias e culpa própria, mas tentei sempre encarar a situação de forma positiva e com muita esperança. Engoli sapos e elefantes e só assim foi possível chegar aonde estou neste momento.» 

Destacando sempre que «neste momento o que importa é ajudar a Selecção a obter um bom resultado neste início de campanha», Nélson confessa que ainda assim segue atentamente a actualidade do F. C. Porto. 

O defensor recusa, contudo, enviar conselhos para as Antas: «Quem está naquela casa sabe muito bem como deve agir. Não me sinto, sequer, com moral para dizer o que se deve fazer.»

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