Mourinho: «Foi um erro não aceitar o convite de Portugal»

8 mai, 16:47
José Mourinho de GP de F1 da Arábia Saudita (ALI HAIDER/EPA)

Treinador português assume arrependimento, mas ainda espera treinar a seleção

José Mourinho já tinha revelado que recusou treinar a seleção portuguesa em duas ocasiões, a última das quais antes de Roberto Martínez assumir o comando da equipa das Quinas. Agora, o treinador luso confessa que foi um erro não aceitar o convite, mas espera que a oportunidade volte a aparecer.

«O mais normal seria eu ter aceitado o convite de Portugal. Já aconteceu por duas vezes, mas não apareceram no momento certo. Acho que fui emocional quando não aceitei a última e decidi ficar na Roma e acho que cometi um erro, porque Portugal agora tem uma das três melhores equipas da Europa e está entre as cinco melhores do mundo. Tem um grupo incrível, eu sabia disso, mas tinha uma grande ligação com a Roma e com os adeptos. Não queria tomar essa decisão… Portugal quis-me duas vezes e acho que vão querer uma terceira vez, um dia. E aí vou aceitar. Espero que essa geração seja tão boa como a de agora», disse o «special one», em entrevista à EA Sports sul-coreana.

Questionado sobre se tinha sido mais difícil conquistar a Liga dos Campeões com o FC Porto ou o com o Inter de Milão, Mourinho... apontou outros trabalhos. «O mais difícil de conquistar foram duas finais europeias com a Roma. A Liga Europa com o Manchester United também, porque quando cheguei a estes dois clubes estavam em grandes dificuldades.»

«Não tenho medo, não penso em proteger-me, alguns treinadores são mais espertos do que eu, escolhem sempre o trabalho certo, com as condições certas para ter sucesso e protegem-se. Podem estar de fora um ou dois anos, mas eu quero trabalhar a toda a hora, só preciso de sentir que estou a ajudar. Às vezes é injusto, não podes esperar que vença coisas quando o meu clube não é o mais poderoso. Mas aceito o desafio», sublinhou.

O treinador português, contudo, destacou o trabalho que fez com o FC Porto em 2004.

«Em 20 anos, muitos treinadores venceram a Liga dos Campeões, mas nenhum ganhou dessa forma. Ganharam com os maiores clubes, com os maiores orçamentos e jogadores», frisou.

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