Pedro Nuno farta-se da "atitude de arrogância e desafio" e coloca Montenegro entre a espada e parede: "Apresente uma moção de confiança"

11 abr, 16:23

Líder da oposição lembrou que "a AD teve uma vitória tangencial" e que "não tem condições políticas para governar sozinha, sem entendimentos e sem respeitar a oposição". Para o PS, o primeiro-ministro "não está interessado em construir nenhuma maioria nem em procurá-la no Parlamento, mas sim em desafiar permanentemente a oposição", tal como aconteceu "na eleição do presidente da Assembleia da República"

Pedro Nuno Santos desafiou Luís Montenegro e o Governo a apresentarem uma moção de confiança. O secretário-geral do PS diz que o primeiro-ministro "fala de humildade, mas que, na realidade, tem é uma atitude de arrogância e desafio com a oposição" durante a apresentação do Programa do Governo.

"Então, devolvemos e dizemos ao Governo que se quiser clarificar que apresente uma moção de confiança", disse Pedro Nuno Santos aos jornalistas.

Questionado sobre a tendência do voto socialista em caso de uma moção de confiança ser apresentada, Pedro Nuno lembrou o que disse no dia das eleições legislativas: "Nós [PS] não viabilizaríamos nenhuma moção de rejeição nem viabilizaríamos nenhuma moção de confiança.”

"Quando tomamos uma posição somos firmes nela, mas perante as declarações que foram feitas e o tom de desafio em relação ao PS, aquilo que nos cabe a nós é desafiar o Governo a apresentar uma moção de confiança. Nós temos de, nos próximos tempos, ter uma relação de combate político de defesa e afirmação das nossas propostas, mas também de respeito para com o adversário", referiu Pedro Nuno Santos.

O líder da oposição lembrou ainda que "a AD teve uma vitória tangencial e essa é a realidade parlamentar" que agora existe em Portugal: "Não tem condições políticas para governar sozinha, sem entendimentos e sem respeitar a oposição, esta não é a forma." O secretário-geral socialista acusa ainda a AD de "não estar interessada em construir nenhuma maioria nem em procurá-la no Parlamento, mas sim em desafiar permanentemente a oposição", acrescentando que "foi assim que aconteceu com a eleição do presidente da Assembleia da República e é assim que continua com a apresentação do programa do Governo".

"Portanto, vamos clarificar e clarificamos desde já: a moção de confiança está na dependência do Governo, nós estamos prontos para votar. Aí ficará claro qual é a nossa posição sobre o programa do Governo", garantiu Pedro Nuno Santos.

Caso avance para a moção de confiança, o Governo precisará da luz verde do Chega, que tem 50 deputados, para superar os eventuais votos contra da esquerda, composta por 92 deputados de PS, BE, PCP, Livre e PAN.

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