AO MINUTO | Chumbadas moções de PCP e BE. Pedro Nuno apresenta 5 medidas para testar Montenegro: "Têm bom remédio: aprová-las". PSD reage: que "hipocrisia". Ventura admite eleições "daqui a uns meses"
GUIA DE LEITURA
- Moção de rejeição apresentada pelo BE (pode lê-la AQUI) chumbada (veja AQUI a votação). Moção de rejeição apresentada pelo do PCP (pode lê-la AQUI) também foi chumbada (veja AQUI a votação)
- "Não seremos oposição-muleta nem oposição-do-bota-abaixo", diz Pedro Nuno Santos. Que propõe cinco medidas, incluindo redução do IVA da eletricidade, fim das portagens em ex-SCUTS e aumento para 800€ de despesa dedutível com arrendamento (veja AQUI todas): "Têm bom remédio: aprová-las"
- PSD reage à intervenção de Pedro Nuno Santos: foi "mais do que irresponsável", trata-se de "uma hipocrisia política". Paulo Rangel interveio depois: "O programa do novo Governo não é nem podia ser o resultado de uma negociação. Ele é sim a base de uma negociação". E acrescentou: "Apesar do alarido com o excedente, a herança que o Governo anterior nos deixa é pesada. Deixam-nos um Estado Social que parece um Estado de Liquidação"
- André Ventura admite eleições "daqui a uns meses": "Passámos de 1 deputado para 12, de 12 para 50, daqui a uns meses somos 117". E depois corrigiu para: "Ou daqui a uns anos". Mas os "meses" ficaram ditos
- Em suma, o PS deixou o Estado Social "em estado de liquidação": Paulo Rangel lamenta "a herança pesada" deixada por António Costa
- "O problema do país não está nos lucros das empresas, está nos prejuízos. Há uma perseguição ao lucro": Mariana Leitão, IL
- BE pede ao Governo para reconhecer o Estado da Palestina. A antecipa: "Alternativa de esquerda" chegará ao Governo "mais cedo do que tarde"
- Governo vai aprovar na próxima semana proposta de lei para descer o IRS de todos os rendimentos até ao 8.º escalão. Maioria dos portugueses vai beneficiar da descida do IRS mas há um efeito que torna o alívio menor
- Governo reúne-se esta sexta-feira com as forças de segurança para discutir aumentos salariais. Reunião com os professores é na próxima semana
- Fim dos limites às rendas e das restrições ao alojamento local: os prós e os contras das medidas de Montenegro para a habitação
- As nove propostas de aplicação imediata para "cumprir Abril": o que Montenegro acaba de prometer ao país
- Veja AQUI na íntegra o programa do Governo. Programa inclui 60 medidas retiradas dos programas eleitorais de todos os outros partidos
- Há 16 medidas no programa do Governo que vão mexer com os bolsos dos portugueses. Dos impostos, às creches, saiba tudo o que pode vir a mudar
- Veja AQUI a análise detalhada às várias medidas do programa do Governo
O PSD explodiu com o aplauso a Pedro Nuno, Rangel explodiu "o oásis cor-de-rosa" de Costa
"Estava claro desde início que o segundo nome da direita era instabilidade": Mariana Mortágua
Durante o debate do programa do Governo, esta sexta-feira, a coordenadora do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua observa um "cenário de ingovernabilidade" no Parlamento desde a noite eleitoral de 10 de março.
"Estava claro desde início que o segundo nome da direita era instabilidade, as últimas semanas confirmaram esse cenário e aqui estamos nós, depois de dois dias de debate do programa do Governo, num jogo de sombras e braços de ferro", critica.
Em suma, o PS deixou o Estado Social "em estado de liquidação": Paulo Rangel lamenta "a herança pesada" deixada por António Costa
Hugo Soares critica PS por ter posições diferentes na oposição: "Ninguém compreende que exija orçamento retificativo"
Hugo Soares critica o Partido Socialista por ter posições diferentes estando no Governo e na oposição.
O líder parlamentar do PSD acrescenta que ninguém compreende que o PS exija um orçamento retificativo ao Governo.
“Isto é Portugal e o futuro é igualdade”: culmina Mariana Mortágua
“Isto é Portugal. Portugal é esta diversidade e o futuro é igualdade. E se não gostam de Portugal, diria que o divã pode resolver, mas cada um sabe de si”, disse a coordenadora-geral do Bloco de Esquerda.
Um programa para o Alojamento Local, para o negócio da saúde e para fundos financeiros: Mortágua acusa PSD de ter “compromisso com a sua clientela”
Mariana Mortágua, coordenadora-geral do Bloco de Esquerda, criticou o programa de Governo apresentado por Montenegro que diz ter sido feito para a "clientela do PSD" como o Alojamento Local, o negócio da saúde e os fundos financeiros.
“Não há nada de novo, não há nada de inovador, não há nada de moderno neste caminho que o PSD apresenta ao país, a não ser a determinação e intensidade do seu compromisso com a sua clientela”, critica Mortágua.
BE: “Estava claro desde início que o segundo nome da direita era instabilidade"
Mariana Mortágua garante que os últimos dois dias no Parlamento demonstram o cenário de ingovernabilidade em que Portugal caiu desde o dia 10 de março, com PSD, PS e Chega num constante braço de ferro.
“Estava claro desde início que o segundo nome da direita era instabilidade, as últimas semanas confirmaram esse cenário e aqui estamos nós, depois de dois dias de debate do programa do governo, num jogo de sombras e braços de ferro”, disse Mortágua.
PCP ataca PS por "contemporizar com as opções da política de direita"
"A reprovação da moção de rejeição do Programa do Governo apresentada pelo PCP deu para ver quem se opõe, quem apoia e quem contemporiza com as opções da política de direita", atirou Paula Santos, numa crítica à abstenção do PS.
A líder parlamentar do PCP afirma que o objetivo da moção foi fazer com que "todos os partidos assumam as suas responsabilidades relativamente à governação da AD".
"Esse objetivo foi atingido. Ficou claro quem apoia e quem se associa ao retrocesso e ao regresso do tempo de Troika", disse Paula Santos.
Moções do PCP contra o programa de Governo rejeitada
A Moção de rejeição apresentada pelo PCP contra o programa de Governo foi rejeitada com 138 votos contra, 77 abstenções e 13 votos a favor.
Moções do BE contra o programa de Governo rejeitada
A Moção de rejeição apresentada pelo BE contra o programa de Governo foi rejeitada com 137 votos contra, 78 abstenções e 13 votos a favor.
As críticas ao programa do Governo, as cinco medidas e a resposta ao Chega: Pedro Nuno Santos no segundo dia de debate
O programa do Governo está a ser novamente debatido no Parlamento, esta sexta-feira, dia em que também são votadas as moções de rejeição do PCP e do BE. Pedro Nuno Santos subiu ao hemiciclo, onde falou 17 minutos.
Rangel diz que a AD "quer um Portugal de liberdade para todos" e termina a intervenção citando Ricardo Reis
Paulo Rangel garante que o atual Governo "quer um Portugal de liberdade para todos", e terminou a sua intervenção citando Ricardo Reis:
"'Uns, com os olhos postos no passado, veem o que não veem. Outros, fitos com os mesmo olhos no futuro, veem o que não pode ver-se. Porque tão longe ir pôr o que está perto. Este é dia, esta é a hora, este é o momento. Isto é quem somos. Isto é quem somos e é tudo", citou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
"O nosso desígnio é criar riqueza para distribuir mais e melhor", que classifica a descida de impostos como uma "medida social"
Paulo Rangel afirmou que o Governo quer descer o IRS, uma medida que "aumenta o rendimento disponível e potencia o crescimento económico", e criticou a esquerda por falar do "rótulo da medida neocapitalista ou ultraliberal".
"O nosso desígnio é criar riqueza para distribuir mais e melhor (...) Dar mais dinheiro e mais poder de compra às famílias é uma medida social", disse o ministro.
Herança do anterior Governo é "pesada" apesar do "alarido com o excedente" orçamental
"Quero deixar bem claro que a herança do anterior Governo, apesar ao alarido com o excedente, é uma herança pesada", disse Paulo Rangel.
Em concreto, o ministro criticou os prejuízos do Banco de Portugal, a falta de condições das escolas para a realização de exames em formato digital e um processo de digitalização da administração pública "que, ironicamente, não saiu do papel".
"Programa do Governo é inclusivo", diz Rangel, que garante apoio total às Forças Armadas
O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu as medidas dos outros partidos incluídas no Programa do Governo para dizer que este é "inclusivo" e que a AD tem vontade de dialogar.
De seguida, falando das "responsabilidades" do executivo, Paulo Rangel afirmou que a conjuntura internacional atual "é a mais difícil desde a II Guerra Mundial" devido à guerra da Ucrânia, ao conflito no Médio Oriente e ao terrorismo no Sahel.
"A imprevisibilidade e volatilidade implicam uma atenção redobrada às nossas Forças Armadas, a quem o novo Governo garante todo o apoio", disse o governante.
"Se concordam têm bom remédio, aprovar a iniciativa do PS". Pedro Nuno quer fim de portagens de ex-scuts, PS aplaude de pé, Chega gesticula
O secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos esclarece cinco medidas parlamentares, que o partido quer avançar “de imediato”.
No segundo dia de debate do programa do Governo, esta sexta-feira, o líder da oposição refere, em terceiro lugar, a eliminação de portagens de ex-scuts. Nas imagens é possível ver a bancada socialista a levanta-se para aplaudir, enquanto o Chega reage com sarcasmo, gesticulando.
Pedro Nuno Santos conclui: “Não percebo a surpresa, eram propostas que constavam do nosso programa eleitoral e se concordam têm bom remédio, vão aprovar a iniciativa do PS.
Rangel critica "discussão quase bizantina e bastante moralista" sobre o Programa do Governo
Paulo Rangel criticou a discussão "quase bizantina e bastante moralista" sobre o Programa e a atitude do novo Governo.
"Permitam-me que explicite a atitude do Governo da AD, que nada tem a ver com essas quezílias retóricas: tudo o que fizermos em sede de Programa do Governo decorre única e exclusivamente da leitura direta e rigorosa da Constituição", disse o ministro.
Paulo Rangel diz que o "novo Governo vem mesmo para fazer"
Em nome do Governo, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, começou a sua intervenção por dizer que o novo Governo "vem para resolver os problemas" deixados pela governação socialista.
"Desenganem-se os que estão habituados a governos de 'anuncia e adia'. O novo Governo vem mesmo para fazer", disse Rangel.
"É possível fazer muito melhor": Hugo Soares termina com mensagem de esperança para os portugueses
Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD, terminou a sua intervenção com uma mensagem de esperança para todos os portugueses: "É possível fazer muito melhor" do que fez o PS nos oito oito anos de Governo.
Por fim, Hugo Soares, ao estilo de Jorge Jesus, terminou com:
"Algo me diz
Que a tormenta passará
É preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem ver
Acreditar!", despediu-se o líder da bancada do PSD.
PSD responde ao desafio (moção de confiança): “O dia de ontem demonstrou uma dicotomia muito estranha”
Depois de Pedro Nuno Santos ter desafiado Luís Montenegro e o Governo a avançarem com uma moção de confiança na quinta-feira, Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD, diz que “o dia de ontem demonstrou uma dicotomia muito estranha”.
O social-democrata começou por elencar um conjunto de medidas que foram discutidos no hemiciclo enquanto a bancada do PS só queria saber de “maiorias parlamentares”.
“O dia de ontem demonstrou uma dicotomia muito estranha entre os que quiseram discutir o país real e outros que quiseram por o foco político naquilo que nada tem a ver com o país real. Enquanto uns se ocuparam em discutir a baixa de impostos, sobretudo na classe média, outros preocuparam-se com maiorias parlamentares”, disse.