A impressionante arrancada do supersónico André Martins
André MartinsAí vão quatro golos nesta pré-temporada. Esta noite abriu o marcador e passou a destacar-se como o melhor marcador dos leões na era de Marco Silva. Numa equipa que entrou em campo sem reforços, o pequeno médio é, para já, o jogador que mais progrediu em relação à última temporada, com destaque para esta nova faceta de colocar a bola na baliza dos adversários. Já tinha marcado ao Belenenses, Benfica e Utrecht e esta noite voltou a fazer o gosto ao pé. Está sempre em jogo, progride no relvado com rápidas combinações e desmarcações, e consegue infiltrar-se facilmente entre os defesas contrários e surgir em zonas de finalização, como aconteceu aos três minutos de jogo, a passe de Montero, quando apareceu solto para atirar para as redes de Marchetti. Mas nem foi o golo que fica como imagem de marca de André Martins neste jogo. É um jogador da formação que sente a camisola como poucos. Só assim se pode explicar aquela arrancada impressionante antes do meio-campo para ir roubar a bola a Marchetti e sacar a grande penalidade que valeu o segundo golo dos leões. Saiu pouco depois do início da segunda parte sob uma estrondosa salva de palmas. Merecida, diga-se.
Confira a FICHA DO JOGO
William Carvalho
O Sporting regressou a Alvalade e William Carvalho regressou ao onze, recuperando o lugar que, até aqui, estava entregue a Uri Rosell. O reforço espanhol até estava a cumprir bem o papel, mas o internacional português deixou claro esta noite que é definitivamente o dono do lugar. É desconcertante a serenidade que transmite a toda a equipa na zona central do terreno, servindo de placa giratória na fase de construção, com uma tranquilidade que oferece uma segurança a todos os companheiros. Com William em campo, há sempre uma linha de passe, há sempre uma solução para a bola continuar a girar.
Marcos Rojo
Outro regresso ao onze depois das férias prolongadas por ter jogado a final do Campeonato do Mundo. E voltou em boa hora, uma dia depois de Eric Dier ter «fugido» para Londres (Tottenham), deixando um espaço em aberto ao lado de Maurício. Não se notou. O lateral do vice-campeão do Mundo voltou a ser central com o mesmo brio com que se tinha destacado como uma das figuras do Brasil. É quase sempre o primeiro a atacar a bola, deixando o companheiro brasileiro para as segundas bolas. Com a bola nos pés também decide quase sempre bem, disparando para a frente quando está pressionado, mas saindo a jogar quando se sente à vontade para isso, com destaque para o nó que deu a Anderson ainda na primeira parte e para um corte em carrinho a desarmar Mauri.
Montero
Continua um longo jejum de quase nove meses sem marcar golos, mas mais uma vez provou que, mesmo sem marcar, pode ser útil a Marco Silva. Não é propriamente um ponta de lança fixo que fica à espera da bola para o pontapé final. É um avançado que se envolve na construção dos lances ofensivos, como aconteceu no primeiro, com um passe de morte para André Martins. Mas também tentou acabar com a malapata que o impede de festejar desde novembro de 2013. Tentou na marcação de um livre, num remate cruzado e fora da área, mas, com mais 73 minutos em campo, ainda não foi desta que quebrou o enguiço. Assim, não vai ser fácil recuperar o lugar que, a meio da última temporada, perdeu para Slimani.
Rui Patrício
Decisivo no desempate por grandes penalidades com defesas aos pontapés de Tounkara e Keita.
Reforços
O jogo desta noite deixou mais clara uma sensação que já vinha desde o início da pré-temporada. Os novos jogadores permitem soluções mais sólidas para o banco, mas vão ter de lutar muito para chegar ao onze de Marco Silva. Uri Rosell
Pereirinha
Muitos aplausos no regresso a Alvalade para um médio que parece estar a encontrar o seu espaço na equipa romana. Jogou os noventa minutos numa zona mais interior do que fazia quando jogava mo Sporting, ajudando a defender e a atacar.