Costa admite que teve de adiar convites para formar Governo e não comenta “especulações”

Agência Lusa , BCE
18 fev 2022, 15:21
António Costa em Bruxelas (GEERT VANDEN WIJNGAERT/EPA via LUSA)

A tomada de posse do novo Governo, que estava inicialmente prevista para o próximo dia 23, foi adiada para março, devido à repetição das eleições legislativas na maioria das mesas do círculo eleitoral da Europa

O primeiro-ministro, António Costa, admitiu esta sexta-feira que a repetição das eleições no círculo da Europa o obriga a adiar “as conversas” que iria ter por estes dias para a formação do novo Governo, cuja constituição pretende manter em segredo.

Questionado, durante uma conferência de imprensa em Bruxelas, sobre se o adiamento da tomada de posse do novo Governo lhe ‘baralha as contas’ na formação do novo executivo, António Costa respondeu que apenas adia os convites que iria dirigir a partir de hoje.

“Não, não baralha as minhas contas, adia simplesmente as conversas que eu iria ter. Em vez de ter hoje e durante os próximos dias, terei naturalmente depois e no momento adequado”, disse.

O primeiro-ministro apontou que, “como é sabido, o novo Governo não pode tomar posse antes de a nova Assembleia da República (AR) estar instalada”, pelo que há que “aguardar a repetição das eleições, o apuramento dos resultados, a publicação dos resultados, os três dias necessários para a instalação da AR”, e só depois disso é que eu poderá apresentar ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “a lista das personalidades” que iá convidar para integrarem o próximo Governo.

“Como é obvio, não irei fazer os convites sem ser próximo do momento em que possa entregar a lista ao senhor Presidente da República, porque a primeira pessoa que deve conhecer essa lista oficialmente é precisamente o senhor Presidente da República”, disse, reiterando a sua firme vontade de que “não comecem a circular por aí os nomes”.

Costa lembrou a propósito o comunicado que emitiu “logo depois das eleições” de 30 de janeiro a chamar a atenção que, além de si próprio ou do meu gabinete, “não há mais nenhuma fonte autorizada a divulgar qualquer indicação de qualquer nome para qualquer cargo”, e garantiu que os “muitos nomes” que tem visto na comunicação social “são puras especulações”.

Questionado sobre se também são especulação as notícias que apontam como futuro Presidente da Assembleia da República o atual ministro dos Negócios Estrangeiros – a seu lado na conferência de imprensa de hoje após ambos terem participado na cimeira UE-África -, o primeiro-ministro respondeu que “o único facto” é que, efetivamente, Augusto Santos Silva é o chefe da diplomacia.

“A única coisa que não é especulação é exatamente o que descreveu: eu estou aqui, e o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros está aqui ao meu lado. Este é o único facto”, concluiu.

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