Na segunda-feira, durante o debate com Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos prometeu viabilizar um governo minoritário da AD e manteve essa promessa mesmo depois de Montenegro não ter dito o que faria. No dia a seguir, Pedro Nuno Santos fez uma adenda: admite viabilizar um governo minoritário da AD desde que o PS não consiga formar uma maioria no Parlamento. Esta quarta-feira, disse que se sentia "desobrigado" da promessa que fez se o PSD não viabilizar um governo de minoria do PS. E agora diz que quem interpretou isso como um recuo interpretou mal
O secretário-geral do PS diz que foi "mal interpretado" quando afirmou que sentia "desobrigado" de viabilizar um governo minoritário da AD por falta de "reciprocidade" por parte de Luís Montenegro.
"Fui mal interpretado. Não retiro aquilo que eu disse [no debate de segunda-feira]. Agora, o que nós exigimos é reciprocidade", afirmou aos jornalistas, insistindo que o PS "exige e espera do PSD" a mesma clareza do PS nesta matéria.
Nesta segunda declaração feita esta quarta-feira, Pedro Nuno Santos diz que viabiliza o governo minoritário do PSD: "Não apresentaremos nenhuma moção de rejeição, nem inviabilizaremos nenhuma moção de rejeição se o PS não ganhar ou não tiver uma maioria para apresentar. E isso mantém-se". Refira-se que o "maioria para apresentar" não foi dito segunda-feira diante de Montenegro - foi dito, tal como explicado no início deste texto, no dia seguinte, na terça-feira.
Antes de ter dito que foi "mal interpretado", foi isto que Pedro Nuno Santos disse:
