Portugal-Chipre, 4-0 (crónica)

3 jun 2017, 18:03
Portugal-Chipre (Foto: Lusa)

Uma Seleção de médios ligados

Uma Seleção de médios ligados. Entre o (raro) «bis» de João Moutinho e as boas entradas de Adrien, Pizzi ou André Gomes, o particular com Chipre voltou a mostrar a riqueza de soluções para o meio-campo da equipa das quinas.

Mas sem esquecer Gelson, que agitou o jogo naquele registo completamente diferente e que, por isso, pode fazer falta.

Qualquer escolha é válida, mas este ensaio no Estoril talvez deixe Fernando Santos a olhar para outros setores quando pensa no jogador a riscar para a Taça das Confederações.

João Moutinho entrou no teste de régua e esquadro. Calculou a força do vento que se fazia sentir, tirou a medida certa à baliza e marcou de livre direto. Duas vezes. Uma aos três minutos, outra a três minutos do intervalo. Com Cristiano Ronaldo ausente, em Cardiff, Moutinho assinou como especialista.

O jogo teve sentido único (o Chipre fez o único remate ao minuto 86), mas na primeira parte a seleção nacional mostrou-se menos ligada ofensivamente.

Bernardo ainda teve uma boa ocasião, mas atirou à figura de Giorgallidis (31m), e logo a seguir o capitão Nani cabeceou por cima (32m).

Ao intervalo Fernando Santos decidiu mudar todo o setor intermédio, deixando apenas duas interrupções para mais tarde. Com William, Adrien, Gelson e André Gomes em campo, a equipa das quinas mostrou maior fluidez, certificada também depois com a entrada de Pizzi.

O médio transmontano marcou três minutos depois de ter entrado, numa jogada em que Gelson Martins arrancou novamente aplausos da bancada e lançou André Silva na direita, para a assistência (63m).

Sete minutos depois André Silva recuperou o papel de ponta de lança e apareceu em posição frontal para finalizar, rentabilizando um belo cruzamento de André Gomes.

Portugal chegou à goleada, mas acima de tudo deu ritmo a alguns jogadores, como Fernando Santos tinha assumido, e mostrou, uma vez mais, a riqueza de soluções a meio-campo.

Mais Lidas

Patrocinados