Fernando Madureira recusou-se a dar o código do telemóvel, mas há mensagens suas nos telemóveis apreendidos

3 fev, 18:44

As transcrições de mensagens de voz e texto dos telemóveis de quatro dos detidos foram adicionados ao processo do Caso Pretoriano

Foram retomadas as audições dos detidos no Caso Pretoriano. Faltam ser ouvidos Fernando Madureira, o líder da claque Super Dragões, e ainda Vitor Catão, acusado de ter intimidado jornalistas à entrada da assembleia geral do Futebol Clube do Porto, em novembro.

Os trabalhos estiveram interrompidos para o Ministério Público analisar as transcrições dos os quatro telemóveis apreendidos nas buscas que foram este sábado juntas aos autos do processo - um deles é de Vítor Catão e outro de Fernando Saul, os outros dois de outros elementos dos Super Dragões. Têm mensagens de voz e de texto, em grupos e em conversas individuais, que envolvem Fernando Madureira e outros dos arguidos no caso.

O líder da claque dos Super Dragões recusou entregar os códigos que podiam permitir à investigação aceder ao conteúdo do seu telemóvel, mas as suas mensagens foram apanhadas nos outros equipamentos.

Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.

De acordo com documentos judiciais, aos quais a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” ‘azul e branca’.

A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação”.

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