Incrementar exercício físico em pequenos e grandes é arma contra obesidade
A obesidade infantil é a uma das principais preocupações da Plataforma Contra a Obesidade hoje lançada pelo ministério da Saúde. Os primeiros passos para combater a epidemia começam em casa. «É preciso tirar os pais do sofá. Filhos de pais inactivos têm tendência para fazer menos exercício», adiantou ao PortugalDiárioPara além da alimentação, o desporto é outra das armas para combater a obesidade infantil. É necessário melhorar o desporto escolar que «em muitos casos é insuficiente», explicou o responsável. As crianças devem ter um mínimo de 60 minutos por dia de actividade física para serem considerados fisicamente activos, enquanto os adultos deverão estar activos pelo menos 30 minutos diários.
O director-geral de Saúde, Francisco George, explicou também que é preciso retirar as crianças de frente dos ecrans de televisão e computador. «Há estudos que indicam que mais de duas horas em frente aos ecrans, muitas vezes a comer, por exemplo, batatas fritas, levam a hábitos de sedentarismo que criam factores de risco para a obesidade».
Nos adolescentes, na região do Porto, 25 por cento das raparigas e 27 por cento dos rapazes têm excesso de peso e entre os adultos, metade da população tem peso a mais e 15 por cento insere-se na categoria de obesos.
Para incrementar a actividade física de pequenos e grandes a Plataforma prevê uma colaboração as autarquias para a criação de locais públicos para a prática de exercício, actividades físicas e desportivas, entre parques, passeios pedonais e ciclovias. No entanto, o financiamento das infra-estruturas ainda não está definido.
O Governo pretende também regulamentar a disponibilidade de alimentos com elevado teor de calorias, sal, açúcar e calorias nas cantinas, bares das escolas e serviços públicos. Questionado o ministro da Saúde, Correia Campos, adiantou que a politica da plataforma não é «demonizar produtos» e por isso não vão haver proibições. «Apostamos numa diversidade na escolha».
Nas medidas inseridas na Plataforma está a intenção do Governo em legislar sobre o marketing e publicidade de alimentos dirigidos a crianças e adolescentes. No entanto, estas regras serão sempre trabalhadas em conjunto com o sector. «Queremos uma indústria alimentar mais responsável e que seja parte da solução», explicou João Breda.