Um iogurte, sendo processado, pode ser saudável? Sai uma colher cheia de explicações

13 abr, 12:00
Iogurte (Getty Images)

Os dias ficaram maiores. Às vezes, também mais quentes. Despontam aqueles amigos que sacam do iogurte ao lanche para a 'Operação Corpo de Verão'. E, nos consultórios das nutricionistas, isso sente-se

“A maior procura pelos iogurtes nesta fase do ano prende-se com o aumento das temperaturas e os pacientes pretendem introduzir alimentos mais frescos e leves. Este produto alimentar também pode ser muito procurado pelo seu baixo teor calórico, podendo auxiliar na perda de peso”, aponta Rita Mesquita Azevedo, nutricionista do Grupo Trofa.

Já a nutricionista Paula Beirão Valente, da Clínica Espregueira, no Porto, diz não notar diferenças no consumo entre o verão e o inverno. “No inverno este poderá ser consumindo à temperatura ambiente, já no verão tal implicará mais cautela”, explica.

Processado é saudável?

Um iogurte é um alimento processado. Pode ser considerado saudável? “Sim, desde que a escolha seja a correta. Existem iogurtes menos processados, com elevado teor nutricional”, justifica Rita Mesquita Azevedo.

No mesmo sentido segue Paula Beirão Valente, ao dizer que “se estivermos a falar de um iogurte numa versão natural” não o considera “de todo um alimento processado”. Antes, um “alimento saudável e bastante completo”.

Fica outra nota: “as versões ‘light’ ou magras, com adição de frutas ou cereais, poderão ser consideradas mais processadas”.

Lista de compras

Há filas e filas de iogurtes nos supermercados. Certamente que deve encontrar, nas suas idas às compras, alguém parado neste corredor a comparar iogurtes. Então, quais são aqueles que devíamos estar a pôr no carrinho?

“Os iogurtes menos processados, com menos adição de corantes e conservantes e sem adição de açúcar”, resume Rita Mesquita Azevedo. No polo oposto, a evitar, estão os “mais processados, com elevada adição de conservantes, corantes, açúcar, sacarose”.

Há iogurtes que ganharam má fama, como o iogurte grego, por estarem associados ao aumento de peso. Rita Mesquita Azevedo lembra que a análise não pode ser apenas pelo nome: há no mercado iogurtes gregos com menor teor de gordura e sem adição de açúcar.

Há depois também “iogurtes proteicos que são bastante calóricos, mas nutricionalmente com elevado teor de proteína, existindo opções sem adição de açúcar”. Cada escolha deve ser ponderada com quem percebe do assunto – e em função dos objetivos.

“Se tivermos em consideração uma consulta de emagrecimento, costumo optar por versões mais naturais. Se, pelo contrário, o objetivo for o aumento de massa muscular, poderei recomendar opções mais proteicas de origem animal ou vegetal”, completa Paula Beirão Valente.

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