Privatização da TAP não teve “quaisquer critérios”, diz Mariana Mortágua

Agência Lusa , JGR
30 jun 2023, 22:41
Mariana Mortágua na audição à presidente executiva da TAP (Lusa/José Sena Goulão)

A líder do Bloco considerou que “há várias conclusões que são importantes” que devem ficar refletidas no relatório da CPI, mas destacou os “critérios” do processo de privatização

A líder do Bloco de Esquerda disse esta sexta-feira, em Évora, que a Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP mostrou que o processo de privatização não teve “quaisquer critérios” e que espera ver isso refletido nas suas conclusões.

“Fica muito claro que não teve quaisquer critérios, quaisquer condições e que põe em causa a própria sobrevivência da TAP no futuro”, concluiu Mariana Mortágua, sobre o processo de privatização da empresa, durante uma visita à feira de São João, no Alentejo.

Questionada pela agência Lusa, a líder do Bloco considerou que “há várias conclusões que são importantes” que devem ficar refletidas no relatório da CPI, a ser divulgado na terça-feira, mas destacou “três questões”, incluindo os “critérios” do processo de privatização.

“Há várias conclusões que são importantes. A primeira tem a ver com o próprio processo de privatização, em 2015, e a forma como David Nielman usou o dinheiro da TAP para comprar a própria TAP. É bom que isso fique nas conclusões da Comissão”, começou por afirmar a líder do Bloco.

“Em segundo lugar”, prosseguiu, é importante “que a comissão seja clara sobre a forma como o PS geriu a TAP”.

“Geriu mal e é preciso reconhecer isso. A intromissão em pequenas decisões, mas [também] o adiamento de decisões estratégicas, o facto de haver prémios, de a TAP ser gerida como empresa privada quando tinha responsabilidades públicas”, apontou, antes de concluir com a questão dos critérios do processo.

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