Lacerda Machado: a teia de influências num negócio de 3,5 mil milhões

7 nov 2023, 16:10
O ex-administrador não-executivo da TAP, Diogo Lacerda Machado, durante a sua audição na Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP na Assembleia da República (Lusa/ José Sena Goulão)

Os detalhes da investigação que levou à detenção de Diogo Lacerda Machado, esta quinta-feira.

As suspeitas que pendem sobre Diogo Lacerda Machado, por tráfico de influências junto do Governo, dizem respeito a alegados benefícios do projeto de construção de um mega centro de processamento de dados na zona industrial de Sines, por parte da sociedade Start Campus, que contratou o amigo do primeiro-ministro como consultor. Em causa, um investimento estrangeiro, em consórcio, de 3,5 mil milhões de euros.

Lacerda Machado, que foi esta terça-feira detido, a par de dois responsáveis da Start Campus, é suspeito de ter movido influências em favor do consórcio junto dos então secretários de Estado Eurico Brilhante Dias, João Galamba e Hugo Santos Mendes – para além do presidente da Câmara de Sines, que foi igualmente detido. 

Há escutas telefónicas e outros meios de prova que indiciam essa teia de ligações. Do Estado, o consórcio precisava de luz verde para utilizar instalações desativadas da EDP em Sines – e que o investimento fosse declarado pelo Governo, como foi, Projeto de Interesse Nacional.

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