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Wenger do lado da FIFA: «Barcelona não respeitou as regras»

4 abr 2014, 16:06
Chelsea-Arsenal (EPA/ANDY RAIN)

Treinador do Arsenal «vinga-se» das críticas na altura do «caso Fàbregas». E tem uma ideia para mudar as contratações de jovens jogadores

O treinador do Arsenal, Arsène Wenger, apoia a FIFA no castigo ao Barcelona no caso da contratação de jovens, mas defende que o sistema de transferências tem de ser alterado devido à nova realidade.

«Certamente eles não respeitaram as regras», afirmou, citado pelo «The Guardian», referindo-se à norma que proíbe a contratação de menores de 16 anos a não ser que os pais destes se mudem por razões profissionais.

«Neste caso, a FIFA concluiu que os pais se mudaram por razões futebolísticas e foi por isso que o Barcelona foi castigado, porque não respeitaram as regras», explicou.

Recorde-se que a equipa catalã foi proibida de contratar durante um ano e que já avisou que não só vai recorrer da decisão, como pode levar o caso ao Tribunal Arbitral do Desporto.

Wenger lembrou então o caso de Cesc Fàbregas, contratado pelo Arsenal às camadas jovens do Barcelona. «Nessa altura, foram muito críticos connosco. Mas olhem para os jogadores deles que saíram da sua academi a, como o Iniesta. Ele foi para Barcelona muito novo [jogava no Albacete] por isso eles sempre contrataram miúdos de todo o país», acusou.

O técnico francês defende, no entanto, que a realidade mudou e que o sistema tem de ser alterado: «Acho que as regras têm de ser mudadas, porque agora há uma maior competição pelos jogadores mais novos e existirá sempre o debate sobre por que razão os pais mudam de casa. Há mais dinheiro em jogo, por isso os pais serão mais tentados a dar aos seus filhos uma oportunidade de ter uma grande carreira».

A ideia de Wenger passa por atribuir aos clubes também a responsabilidade de proporcionar aos pais uma mudança. «O que não é correto é que as crianças saiam de casa, com menos de 16 anos, sem os seus pais. Isso está mal. Se têm de mudar as regras para permitir às crianças mudarem-se com os pais se os clubes se encarregarem também dos pais? Talvez seja esse o caminho, porque já acontece».

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