Pedra fundamental na selecção checa e na Juventus Falhou a final da Liga dos Campeões e a Juve perdeu, mas isso não o impediu se ser escolhido como o melhor ano.
Aos 31 anos, Pavel Nedved alcança a glória com a atribuição da Bola de Ouro da revista francesa France Football patra melhor jogador de 2003. Desde 2001 na Juventus, é o herói discreto da companhia e actual capitão da forte selecção da República Checa. Já há cerca de duas semanas que o seu nome era falado para número 1, principalmente depois de ter sido também escolhido como melhor do ano pela revista inglesa World Soccer.
«Se eu ganhar o mérito não será só meu. Não sou superstar ou um dos melhores jogadores do mundo, só alguem que faz bem o seu trabalho», disse. O checo é assim, discreto. Sucedeu a Zidane no comando do meio campo da Juve e não se deu nada mal. Mas isso foi depois de ter «explodido» com a selecção checa no Euro-96 - eliminou Portugal nos quartos-de-final - e ter deixado pelo caminho a Itália e a França para chegar à final com a Alemanha. Nesse verão deixa o Dukla Praga para representar a Lazio. Quatro anos depois já tinha enchido o olho a toda a gente em Itália e rumou a norte, para Turim e a Juventus.
É um jogador de momentos importantes - é bicampeão de Itália - , mas terá falhado, porventura, um dos mais significativos: esteve ausente da final da Liga dos Campeões da época passada frente ao Milan, em Manchester, devido a uma suspensão por ter chegado ao limite de cartões amarelos. Foi com o Real Madrid, nas meias-finais, e numa altura em que já ganhavam por 3-1; a oito minutos do fim do jogo viu um cartão amarelo e assim esfumar-se o sonho de estar presente na final. A Juve perdeu, mas isso não o impediu de ser considerado o melhor dos últimos 12 meses.
A República Checa falhou a qualificação para o Mundial 2002, e viu o campeonato do Oriente pela televisão, mas a selecção foi uma das primeiras a conseguir a qualificação para o Euro-2004, onde vai disputar o grupo D com a Letónia, a Alemanha e a Holanda. Ficamos à espera...
Nedved impôs-se na votação a Thierry Henry (de novo segundo, depois de ter perdido o prémio da FIFA a favor de Zidane) por 62 pontos, e a Paolo Maldini, por 67. É o segundo checo a conseguir a distinção, depois do médio Josef Masopust, em 1962.
Palmarés:
Campeão da Checoslováquia com o Sparta de Praga en 1992/1993
Campeão da Rep. Checa em 1993/1994
Campeão da Rep. Checa em 1994/1995
Vencedor da Taça da Rep. Checa em 1995/1996
Vencedor da Taça da Itália em 1997/1998
Vencedor da Supertaça da Itália em 1997/1998
Vencedor da Taça das Taças em 1998/1999
Vencedor de la Supertaça europeia em 1998/1999
Campeão de Itália em 1999/2000
Vencedor da Supertaça europeia 1999/2000
Campeão de Itália em 2001-2002
Campeão de Itália em 2002-2003
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