Aos jornalistas, a diretora-geral da Saúde afirmou que todos os casos suspeitos de hepatite aguda em crianças devem ser investigados e que não está a ser preparada nenhuma recomendação de proteção face à mobilização de estrangeiros para Portugal no verão.
Numa altura em que a hepatite aguda de origem ainda desconhecida já afetou mais de duas centenas de crianças em todo o mundo, com particular concentração no Reino Unido, onde há 145 casos confirmados, a diretora-geral da saúde afirmou que não há “nenhuma recomendação” de prevenção pensada para a chegada de estrangeiros a Portugal durante o verão.
Quando questionada sobre a preparação de uma recomendação face à proximidade do período de férias e à mobilidade de cidadãos estrangeiros para Portugal, sobretudo britânicos, Graça Freitas afirmou que “não há nenhuma recomendação porque não conhecemos a etiologia da doença”, reforçando que a recomendação atualmente dada foca-se nas “medidas de higiene das mãos, respiratória e das superfícies”.
“As medidas que estamos a recomendar são as gerais, passam pela higienização das mãos, estamos mais relaxados agora mas é muito importante, e a higiene respiratória”, disse Graça Freitas, em declarações aos jornalistas esta terça-feira.
Task force atenta a eventuais novos casos
Segundo Graça Freitas, a Direção-Geral da Saúde “tem um organismo que é destinado a situações de alerta”, referindo-se à task force que foi criada recentemente para acompanhar, analisar e reportar os eventuais casos de hepatite aguda em crianças que possam surgir em Portugal.
Esse organismo, explicou a diretora-geral da saúde em declarações aos jornalistas na manhã desta terça-feira, “visa captar a informação disponível e disseminar nos profissionais de saúde essa informação se aparecer um caso”. E, na eventualidade de se detetar um caso de hepatite aguda em criança, esse “deve ser imediatamente notificado, há um formulário para isso”.
Se surgir um caso suspeito, “será encaminhado para os cuidados que necessitar”, o que pode incluir o internamento, afirmou Graça Freitas.
“Mesmo que seja suspeito, o caso tem de ser investigado”, frisou.