Região diz ser independente da Geórgia, algo que a Rússia reconhece, à imagem do que faz com Donetsk ou Lugansk
O presidente da região da Ossétia do Sul, na Geórgia, anunciou um referendo para a unificação daquela autoproclamada república à Rússia.
De acordo com a nota publicada no website da presidência da região, o referendo terá lugar a 17 de julho, dia no qual vai ser perguntado aos cidadãos daquela região a seguinte questão: “Apoia a unificação da República da Ossétia do Sul e da Rússia?”.
“De acordo com o parágrafo 16 do artigo 50 da Constituição da República da Ossétia do Sul, decidi convocar um referendo para discutir a unificação com a Federação Russa”, pode ler-se.
A Ossétia do Sul autoproclamou-se como república independente logo em 1991, ano do desmantelamento da União Soviética, da qual a Geórgia fazia parte. Ainda assim, a grande maioria dos países que pertencem à Organização das Nações Unidas consideram aquela região como parte integrante da Geórgia.
A Rússia fazia o mesmo, mas em 2008 o parlamento e o presidente russos decidiram reconhecer formalmente a independência da Ossétia do Sul, à imagem do que fizeram já este ano com Donetsk e Lugansk.
A decisão russa de 2008 motivou uma guerra entre Geórgia, que foi apoiada pelos Estados Unidos, e a Ossétia do Sul, apoiada pela Rússia.
A Ossétia do Sul já realizou referendos para a separação da Geórgia anteriormente. O último dos quais foi em 2006, com 99% dos eleitores a votarem pela separação, mas a consulta popular não foi reconhecida pela ONU ou por outras organizações internacionais.
O objetivo da Ossétia do Sul passa por se juntar à Rússia para se reunificar com a Ossétia do Norte, província autónoma russa com a qual partilha cidadãos da etnia osseta, proveniente daquela região do Cáucaso.