Francisco disse que a Ucrânia devia "ter coragem" para negociar a paz
O secretário-geral da NATO reiterou esta segunda-feira que a Aliança "não tem planos para enviar tropas para a Ucrânia". "A NATO não é parte do conflito, nem o são os aliados da NATO", disse Jens Stoltenberg numa entrevista à Reuters.
Questionado sobre se o presidente francês, Emmanuel Macron, falhou ao falar em "ambiguidade estratégica" e destacamento de tropas ocidentais para a Ucrânia, Stoltenberg respondeu que é "importante que nos consultemos e que tenhamos uma abordagem comum a estes temas importantes, porque são importantes para todos nós".
O líder da Aliança Atlântica expressou também o seu desacordo com as declarações do Papa Francisco, que disse que a Ucrânia deveria ter a "coragem de abanar a bandeira branca" e negociar o fim da guerra com a Rússia.
"Se queremos uma solução negociada, pacífica e duradoura, a forma de a alcançar é prestar apoio militar à Ucrânia. O que acontece à volta de uma mesa de negociações está indissociavelmente ligado à força no campo de batalha", disse Stoltenberg.
"Não é altura de falar sobre a rendição dos ucranianos. Isso seria uma tragédia para eles. Seria também perigoso para todos nós", concluiu o responsável.