FC Porto: a lição da democracia

28 abr, 13:25
Filas para as eleições no FC Porto, perto das 11h00 (Sérgio Pires/Maisfutebol)

O mais concorrido ato eleitoral da história do clube foi um exemplo do que deve ser um sufrágio.

27 de abril estava destinado a ficar na história do Futebol Clube do Porto, fosse quem fosse o vencedor das eleições do clube.

A intensidade da campanha eleitoral, o interesse mediático em redor da mesma, o choque geracional de um candidato com passado desportivo – mas sem experiência no dirigismo – que ousou desafiar o mais titulado dos dirigentes (sim, desde cedo se percebeu que Nuno Lobo estava ‘fora-de-jogo’…) prometia marcar um antes e um depois desta data.

O que ninguém esperava era um resultado com uma diferença tão expressiva – para qualquer dos lados – mas aconteceu.

O que alguns esperariam, depois da polémica Assembleia Geral de novembro, não aconteceu: problemas, desacatos, confusão, violência.

Em vez do caos, o clube – e os seus sócios – fizeram questão de dar uma demonstração de organização, de civismo e de urbanidade. Democracia e Liberdade. Numa adesão sem precedentes a um ato eleitoral do clube.

Um clube que mostrou estar vivo, mobilizador, com o seu orgulho muito próprio. Digno do coração de D. Pedro IV ou da Ordem da Torre e Espada que ostenta no seu emblema.

Um clube com passado, presente e futuro.

Villas-Boas está de parabéns, claro, pelo triunfo arrasador.

O Futebol Clube do Porto está de parabéns pelo exemplo retumbante.

Essa foi, desde logo, a maior vitória.

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