EUA dizem que Rússia tem pedido ajuda militar e económica à China

13 mar 2022, 21:02
Xi Jinping e Vladimir Putin

Oficiais norte-americanos recusaram-se a dizer os pedidos em causa, ao mesmo tempo que avisam a China para as consequências dos seus atos

A Rússia tem estado a pedir ajuda militar e apoio económico para lidar com a guerra na Ucrânia. A informação foi avançada pelo Financial Times, e mais tarde divulgada também pelo The New York Times, com ambas as publicações a citarem oficiais dos Estados Unidos.

Segundo os dois websites, as fontes recusaram-se a adiantar pormenores sobre o tipo de equipamento que Moscovo terá pedido a Pequim. É sabido que a ajuda pretendida também engloba assistência económica, sobretudo depois dos pacotes de sanções aplicados pelo Ocidente à Rússia, e que visam desde importações de produtos russos até boicote a sistemas financeiros, como o sistema internacional SWIFT ou o acesso a contas bancárias.

A China continua a manter uma posição bastante neutra em todo o conflito, mas escreve o The New York Times que Xi Jinping tem fortalecido as relações com Vladimir Putin, colocando-se mais próximo daquilo a que a Rússia chama de “operação militar especial”.

Por isso mesmo, responsáveis da Defesa dos Estados Unidos continuam a monitorizar de perto os passos da China, nomeadamente a possibilidade de ser prestada ajuda à Rússia.

Para esta segunda-feira está marcado um encontro em Roma entre o conselheiro nacional de segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, com o diretor dos Assuntos Estrangeiros do Comité Central do Partido Comunista Chinês, Yang Jiechi.

O responsável norte-americano terá a intenção de avisar o seu homólogo chinês para a eventualidade de a China querer ajudar a Rússia no futuro.

"Estamos a dizer diretamente, em particular a Pequim, que haverá consequências para esforços de evasão de sanções em larga escala ou apoio à Rússia para preenchê-las", disse Sullivan à CNN no domingo.

Em resposta às notícias norte-americanas, a China afirma apenas que a sua principal prioridade é prevenir o escalar de tensões na Ucrânia. A reação foi dada pela embaixada chinesa nos Estados Unidos, que foi citada pela agência Reuters.

"A atual situação na Ucrânia é de facto desconcertante", afirmou o porta-voz Liu Pengyu.

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