Penafiel-Gil Vicente, 3-1 (destaques)

17 nov 2001, 22:58

Paulo Torres e um golo de chegar ao céu Paulo Torres esteve em destaque. Ele que foi campeão do Mundo de sub-20 e ainda faz a diferença, especialmente a marcar golos de livre. A vitória começou nele...

Paulo Torres

Lembram-se dele? Foi campeão do Mundo de sub-20, ao lado de nomes sonantes como Figo, Rui Costa e Jorge Costa, fez furor com a camisola do Sporting, mas, depois, desapareceu dos grandes palcos futebolísticos. Agora, joga no Penafiel e parece ter a sua principal qualidade completamente intacta. O pé esquerdo tem uma força descomunal e todos os pontapés envolvem a bola num perigo iminente, capaz de levar os adeptos à estupefacção. Há algumas épocas, marcou muitos golos na I Liga, agora fez uma espécie de viagem ao passado. Como nos bons velhos tempos marcou um golo digno de ficar na memória para o resto da vida. Quase do meio-campo, na sequência de um livre directo, bateu o guarda-redes do Gil Vicente, que nem sequer ousou pestanejar. A partir daí, a sua equipa acordou para a vitória, porque o empate já estava alcançado. 

Filipe Azevedo

Já andou pelos principais relvados do escalão-maior. É um futebolista experiente, apesar de jovem, com a curiosidade de já ter conquistado corações na gélida Rússia, onde defendeu as cores do Lokomotiv de Moscovo. Também é uma das referências do Penafiel, porque executa de forma rápida e revela grande preponderância para marcar golos decisivos. Encostou-se ao flanco esquerdo e soube aproveitar a falta de rotina de Nilton, um trinco adaptado a lateral direito. Trocou-lhe as voltas e fez inúmeros cruzamentos para Rui Gomes, o ponta-de-lança de serviço, que nem sempre soube aproveitar as assistências do colega. Filipe Azevedo não esmoreceu, atirou-se com mais determinação para cima do adversário e marcou um golo decisivo ¿ o segundo - na sequência de um pontapé de canto. De cabeça, sem apelo nem agravo. 

Sérgio Leite

O herói da grande noite das esperanças portuguesas diante a congénere espanhola está a viver um dos melhores momentos de forma da sua curta carreira. Voltou a ser decisivo, revelando grande descontracção perante os avançados do Gil Vicente, sendo capaz de aconselhar calma aos defesas e evitar o perigo, independentemente da vontade do adversário. Fez uma defesa segura perante um remate de Nuno Amaro, ainda na primeira parte, depois, na segunda, voltou a negar o golo ao mesmo opositor. No ar, como um pássaro destemido, faz uma magnífica defesa, dando uma sapatada preciosa na bola, quando o esférico já esbarrava no ângulo da baliza. O lance acaba por ser decisivo, porque, se entrasse, o Gil Vicente ficaria a vencer por 2-0. 

Nuno Amaro

A marcar presença na equipa inicial do Gil Vicente e a fazer do flanco esquerdo um corredor aberto. Subiu inúmeras vezes, travou um duelo interessante com Celso, nunca descurando a hipótese de rematar à baliza. As melhores oportunidades da formação de Barcelos partiram de Nuno Amaro, sempre irreverente, sempre com um pé esquerdo capaz de esboçar os pontapés mais violentos. Teve duas oportunidades para marcar, mas o guarda-redes do Penafiel evitou o perigo. Não baixou os braços. Adoptou por outra postura e serviu na perfeição Douala no lance do golo. Foi só meter a bola dentro da baliza.

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