Campomaiorense-Salgueiros, 2-3 (destaques)

26 ago 2000, 21:44

Detinho entrou tarde... O avançado brasileiro do Campomaiorense deixou a sensação de que deveria ter entrado de início. Precisamente para o lugar de Ristic, que nada mostrou. Do lado salgueirista, a vitória começou (literalmente) nos pés de Pedrosa e terminou nas mãos de Jorge Silva.

Jorge Silva

Passou pouco ao lado da nota cinco, a máxima atribuída pelo Maisfutebol. Precisamente à distância que o separou, no segundo golo do Campomaiorense, da cabeça de Detinho. Não fora esse lance e o guarda-redes do Salgueiros teria feito uma exibição perfeita. Às inúmeras intercepções aos vários cruzamentos feitos para a sua área acrescentou um punhado de óptimas defesas que ajudaram a consolidar a vitória. Mostrou que pode ser mais que mera opção a Pedro Espinha e Quim nas convocatórias da Selecção. 

Pedrosa

Abriu o jogo com uma «bomba» para dentro da baliza de Paulo Sérgio, e isso só por si já merece destaque. O jogador do Salgueiros, em novas funções no meio do terreno, foi todavia muito mais longe. Se já na primeira parte fora o elemento equilibrador da equipa, na segunda valeu por muitos dos companheiros, que ficaram estranhamente apáticos perante a fortíssima reacção alentejana. Pedrosa constituiu preciosa ajuda a Rui Ferreira e aos centrais na destruição do jogo do Campomaiorense e ainda se assumiu como transportador de bolas para a frente. 

Detinho

Se o Campomaiorense esteve perto, muito perto, de empatar o jogo, deve-o à acção de Detinho. Vindo do banco, fez tudo o que o ponta-de-lança titular não conseguia e acrescentou muito mais. Lutador como poucos, faz uso do «cabedal» que tem para incomodar os defesas, aparece nos sítios certos e ainda mostra saber tratar a bola, como sucedia quando descia até ao meio-campo à procura de jogo. Merecidíssimo o golo apontado. 

José Luís

Durante a primeira parte foi o único alentejano que parecia acordado. Fugiu à picada da mosca que entonteceu os companheiros e tentou fazer jogar mesmo depois de o Campomaiorense ter «encaixado» três golos. Lucidez, técnica e precisão no passe podem fazer dele o patrão da equipa. 

Basílio

Tem 29 anos, muitos deles passados na I Liga, e portanto já devia saber que não se levam amarelos daqueles, por entradas extemporâneas sobre adversários, quando se está a ganhar fora e o oponente tenta a todo o custo recuperar. O Campomaiorense acabara de fazer o primeiro golo, estava motivado e melhor ficou a jogar contra dez. Logo a seguir reduziu ainda mais... Se o Salgueiros não tivesse vencido, Basílio teria a esta hora um peso na consciência. 

Ristic

Provavelmente teve um dia infeliz. Se assim não foi, então é mais um estrangeiro que nada acrescenta ao futebol português. Quem paga por isso, claro, é o Campomaiorense. Por mais bolas que caíssem na área, o ponta-de-lança não apanhava uma. E ainda atrapalhava colegas em algumas situações. Contas feitas, fica a sensação de que Carlos Manuel teria feito melhor deixando Detinho a «conversar» sozinho com os defesas do Salgueiros.

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