De 2001 para 2002: Ivic, um treinador diferente de todos

31 dez 2001, 18:24

Cinco figuras internacionais

O Marselha é, claramente, um clube sui generis. Fraudulento e impossível de compreender, como o seu líder Bernard Tapie. Referências no passado, mas numa lenta recuperação depois de terem sido relegados à II Divisão, este ano os franceses do sul passaram ao estatuto de ridículos. 

Primeiro foi a rábula de Jardel, que ia jogar no Velodrome, chegou a estar estacionado na Cote d¿Azur, falou como marselhês, mas acabou por fugir. Tapie vociferava e abanava com a eventual assinatura do brasileiro, sem efeito. Ao mesmo tempo, não se percebia muito bem quem seria o treinador. Ivic chegava e partia pouco depois, mais de uma vez. 

Na primeira despedida, o jugoslavo que já esteve no F.C. Porto e no Benfica, queixou-se de problemas cardíacos, embora corressem rumores que os seus métodos não agradavam a Direcção do clube. Estávamos em Julho e um mês depois o ridículo aconteceu, com o seu regresso inexplicável, embora que por momentos só Tapie o confirmasse. O jugoslavo chegou a negar o facto, mas o contrato já estaria assinado. 

Só que os alegados problemas cardíacos de Ivic arrastaram-no novamente para o hospital e o consequente afastamento do cargo de treinador do Marselha acabou por surgir. Há poucos dias, o clube encontrou a sucessão em Allbert Emon, uma solução interina que não se sabe quanto tempo irá perdurar. Tudo dependerá dos humores de Tapie. Ivic, esse, pediu ao seu amigo para continuar como conselheiro desportivo, mas o mais provável é que rescinda contrato.

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