«O adversário foi atrevido» considerou Marinho Peres O treinador do Belenenses mostrou-se resignado com o resultado e surpreendido pela ousadia do adversário. Jose Mota, por seu lado, diz que ficou com a sensação «de ter perdido dois pontos».
Marinho Peres, técnico do Belenenses, era no final do encontro com o Paços de Ferreira um treinador resignado: «O resultado em si é justo. O adversário foi atrevido e jogou bem, sobretudo no primeiro tempo. Mostrou atrevimento porque quando atacava não deixava ninguém atrás, nem um líbero. Estiveram muito bem no lado direito onde nos criaram grandes dificuldades e o trinco saia muito bem para a frente.»
Para o treinador «o jogo foi mais físico do que técnico» e «se houvesse um golo seria pela entrega e disputa». «Tivémos maior mérito na parte física e disposição», diz Marinho Peres, acrescentando que em relação ao último jogo com o Braga a equipa baixou um pouco o seu rendimento.
Analisando o encontro o técnico refere que o «primeiro tempo não foi bom» porque o Belenenses foi dominado, mas no segundo melhoraram muito, «não tecnicamente mas fisicamente, e houve oportunidades de golo até ao fim».
Os últimos dois jogos foram disputados no Restelo e apesar dos pontos perdidos hoje (domingo) Marinho Peres prefere pensar no que pode ganhar na próxima jornada: «Esperávamos fazer seis pontos em casa, mas só conseguimos fazer quatro por isso vamos tentar recuperar esses dois pontos no próximo jogo com o Campomaiorense».
«Fiquei com a sensação de que perdemos dois pontos» (José Mota)
O treinador do Paços de Ferreira, José Mota, mostrou-se um pouco desiludido com o resultado. «Mais uma vez fiquei com a sensação de que perdemos dois pontos», diz o técnico.
Em relação à prestação da sua equipa não deixa de congratular os jogadores pelo seu empenho, referindo que «o Paços de Ferreira fez uma partida agradável» e que criou «boas situações de golo» sobretudo na primeira parte.
Na segunda parte, com as substituições no Belenenses, «a equipa teve de recuar um pouco principalmente nos primeiros 15 minutos», diz José Mota acrescentando que ultapassado esse período de adaptação às alterações a sua equipa «dominou e criou oportunidades de golo».
«Jogo foi equilibrado» (Tuck)
Tuck, médio do Belenenses, diz que «tecnicamente não foi um bom jogo, mas em termos de luta e querer as equipas estivessem equilibradas». O resultado não surge apenas porque a equipa de Belém esteve pior em termos técnicos, mas também por «mérito do Paços de Ferreira que fez um bom jogo e tem tido uma boa carreira».
Em termos de oportunidades, no entanto, Tuck pensa que o Belenenses esteve melhor e a concretização dessas mesmas oportunidades teria feito a diferença. Agora resta pensar no próximo encontro com o Campomaiorense, que Tuck espera que tenha um resultado diferente do conseguido o ano passado. Na época anterior o galgos conseguiram a sua primeira vitória frente ao clube de Belém e o médio espera que a história não se repita. Para ultrapassar mais este obstáculo, Tuck diz que «a equipa vai entrar em campo com espírito de vitória, respeitando o adversário».
Pedro, guarda-redes do Paços de Ferreira, fez duas grandes defesas que asseguraram o empate aos pacenses. «A minha função é não sofrer golos e quando isso acontece o objectivo é atingido», diz o jogador. Partilha da opinião de José Mota, referindo que o Paços de Ferreira «dominou sobretudo na primeira parte». «Foi um bom jogo com um adversário difícil», refere o atleta, acrescentando que nem os grandes têm facilidades nas suas deslocações ao Restelo.
