Médio faz balanço da experiência frustrada no Newcastle Apesar dos elogios de Bobby Robson, a perspectiva de um contrato por quatro anos com os «magpies» não se concretizou. «Fica para a próxima», diz o jogador, empenhado em retribuir em campo o carinho dos adeptos.
O início de temporada do médio Bruno foi um pouco agitado. Partiu para Inglaterra onde deveria assinar por quatro temporadas com o Newcastle, depois de se sujeitar aos habituais exames médicos. Entre os clubes estaria tudo acordado. Afinal tal não aconteceu. Porquê?
«Obedeci às ordens do meu presidente que é quem me paga e por quem tenho um grande carinho», disse ao Maisfutebol. E, prosseguindo: «O Carlos Pereira tem feito muito por mim a nível do clube e em termos particulares.» Bruno só pensa em retribuir dentro de campo: «Vou agradecer a sua amizade dentro de campo com vitórias do Marítimo.»
Sobre a experiência vivida, Bruno não quer falar muito, mas não vai esquecer esta sua passagem por dos mais prestigiados clubes ingleses. «Foi uma experiência que todos gostariam de viver¿, começou por afirmar. «Fica sempre como uma recordação para toda a vida. Espero uma nova hipótese mais tarde, em outro clube. Gostava de sair um dia, de forma normal. Os sócios, o presidente e todas as pessoas do Marítimo têm-me acarinhado de forma inesquecível e gostaria de sair um dia a bem.»
Recorde-se que Bruno regressou a Portugal, porque o Newcastle não queria cumprir o acordo estabelecido, propondo outras condições financeiras para o Marítimo.
Elogios de Bobby Robson
Quando questionado sobre o que o técnico do Newcastle, Bobby Robson, lhe disse nesta sua aventura inglesa, Bruno sorriu e foi claro na resposta: «Bobby Robson disse bem de mim. Todos os jogadores gostavam de ouvir as palavras que ele me dirigiu. Só que isso só não chega.»
Agora, Bruno já não pensa no passado e explica porquê. «Quem vive do passado são os museus. No futebol o que conta é o presente e por isso quero fazer melhor.» Assim, «os elogios de Robson não já não me valem de nada. Só tenho que levantar a cabeça e trabalhar muito e bem».
A 100 por cento no Marítimo
Dia após dia, Bruno trabalha num «grupo extraordinário», que «pensa jogo a jogo». Sábado, o adversário é o Gil Vicente e a tarefa não se advinha fácil.
«Estou a 100 por cento no Marítimo, onde os sócios esperam muito de mim e da equipa», disse. Como tal: «Não queremos desiludir quem nos apoia. Vamos defrontar um adversário difícil, mas esperamos oferecer uma vitória aos nossos adeptos.»
Quanto às dimensões do relvado de Santo António, Bruno mostra-se optimista e não preocupado com tal facto. «O Gil Vicente também terá dificuldades como nós. Vamos conseguir contornar esses problemas com um grande espírito de entreajuda.»
