Moreirense-Nacional, 2-0 (destaques)

20 out 2002, 19:49

Armando foi o melhor na estreia do estádio dos moreirenses Em dia de estreia de estádio, Armando e Tonanha foram os mais esforçados, mas tiveram sortes diferentes.

Armando

Já é melhor marcador da equipa com três golos. Este domingo voltou a assumir protagonismo no ataque do Moreirense, não só pelo golo inaugural que apontou. Até foi fácil, mas estava no sítio certo quando foi preciso. É isso que se pede a um avançado. A sua exibição merece elogios pela forma como recuou no terreno para ajudar nas missões do miolo. Possante, fez uso dessa característica para segurar a bola e permitir a entrada nas costas de outros futebolistas.

Altino

O «capitão» regressou à equipa do Moreirense em grande estilo. Substituiu Grotto (lesionado), no «eixo» da defesa, actuando ao lado do brasileiro Lima. Foi crucial a travar o ímpeto do adversário, sobretudo na segunda parte. Até nem começou muito bem a partida, mas foi-se harmonizando com o seu companheiro, assinando uma segunda parte de grande nível. Cortou pela raiz, muitos lances de perigo para a sua baliza. Aos 35 anos, mostrou que o bilhete de Identidade pouco pesa e foi uma autêntica voz de comando no sector defensivo.

João

Teve bastante trabalho, sobretudo na primeira parte, conseguindo parar tudo o que era humanamente defensável. Se o Nacional não marcou esta tarde, deve queixar-se das intervenções do guarda-redes da formação vimaranense e só depois de si próprio. Mostrou uma vasta gama de recursos e galhardia em várias situações, principalmente quando era forçado a sair dos postes.

Jorge Duarte e Flávio Meireles

Dois «pêndulos» no meio-campo a estancar as iniciativas do adversário e a lançar os seus companheiros da frente de ataque. A regularidade de ambos destacou-se no centro do terreno e estiveram bem na distribuição do jogo. Foram bastante úteis no desdobramento da sua equipa. Flávio marcou o segundo golo da sua equipa, depois de um primeiro remate de Jorge Duarte.

Tonanha e Serginho

O primeiro parecia uma bala, um selo de morte à solta. Mostrou ser um jogador rápido e esteve bem a construir algumas jogadas de ataque, enquanto o brasileiro voltou a demonstrar grande capacidade de desmarcação e imprime facilmente boas diagonais. Ambos falharam no capítulo da finalização, onde, aliás residiu o pecado da equipa, mas foram os melhores elementos dos alvi-negros. Também devem ter ficado aborrecidos com o insuperável João.

Martins dos Santos não viu?

A partida até decorria sem grandes paragens e sem admoestações. Com Martins dos Santos no apito é sempre de realçar o assunto, mas a terminar a primeira parte o portuense borrou a pintura. Manchou a sua exibição. Demétrios foge para a área e é claramente derrubado por João Fidalgo, com o árbitro bem posicionado a mandar seguir. Não podia, nem devia, a bem da verdade do espectáculo, para nem avalizar a possível expulsão do defesa madeirense. Como é possível não ter visto uma grande penalidade que toda a gente que estava no estádio teve oportunidade de constatar. Não marcar um lance destes é porque está diminuído na sua visão e não pode arbitrar. De resto, não teve influência directa no jogo, mas já tinha feito asneira da grossa.

Presidente do Moreirense pediu...críticas

Ampliado e reformulado para receber jogos da Superliga, o Moreirense já joga no seu estádio. Aconteceu este domingo pela primeira vez. Trajado sem rigor, apesar das obras ainda em curso, o Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas melhorou as condições do «espectáculo» que é o futebol. Relvado novo, bancada lateral nova, bancada central aumentada, novos camarotes, zona de Imprensa para 60 lugares, mas ainda deficitária, tribuna presencial, edifício administrativo enquadrado na área urbana, servindo para a recepção aos VIP e Imprensa. Na bancada lateral (oposto) nascerá a breve prazo um edifício-sede e em fases posteriores irá erguer-se uma bancada no topo sul, mais um relvado, um pelado e um sintético. Um milhão e setecentos e cinquenta mil euros é a comparticipação da edilidade local que hoje marcou presença no anfiteatro vimaranense. Um orgulho para uma vila de seis mil habitantes que anda na Superliga. No entanto, ainda houve algumas falhas que poderão ser facilmente corrigidas. O presidente do clube veio falar com os jornalistas, pedindo-lhes críticas com o intuito de melhorarem. A humildade e sinceridade só lhe ficou bem.

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