Rui Vitória (Vilafranquense): «Isto foi um prémio para toda a gente»

16 jan 2004, 22:03

Treinador fala de um regresso inesperado à Taça O treinador conta que a notícia foi recebida com muita alegria, mas lembra que é preciso manter os pés na terra.

Quando o Vilafranquense perdeu com o Felgueiras por 0-3 para a quinta eliminatória da Taça de Portugal, a equipa arrumou as malas na competição. O conjunto da II divisão B (Zona Centro) olhou antes para o campeonato, longe de esperar que uma decisão federativa o colocasse de volta à Taça e logo para jogar com o F.C. Porto.

O encontro com os dragões está marcado para o próximo dia 21 e os homens do Vilafranquense não escondem a alegria. Nada de euforias porque o adversário é «uma equipa de nível mundial», mas, ainda assim, a notícia foi recebida com a satisfação própria de quem teve direito a outra oportunidade. «Nós tínhamos dado por terminada a nossa participação na Taça», assume Rui Vitória. «Isto foi um prémio para toda a gente. Sou um treinador novo, com jogadores novos no plantel e com ambição, vamos tentar a nossa sorte», promete desde já.

O treinador do Vilafranquense garante que vai colocar em campo uma equipa «com muito orgulho e empenho». Afinal, não é todos os dias que se joga com o campeão nacional e vencedor da Taça UEFA. «É claro que a nossa motivação é muito grande para ir jogar nas Antas, embora sabendo que as coisas não vão ser, nem de perto nem de longe, fáceis para nós. Temos muito orgulho em disputar esta eliminatória», diz.

O conjunto prepara-se agora para o «inesperado» desafio, mas parte consciente das suas limitações. «Somos uma equipa muito jovem, em renovação, por isso, há alguma alguma imaturidade, mas este é um grupo muito generoso e que apresenta qualidade de jogo», frisa o técnico, garantindo que o Vilafranquense vai dar para dar luta. «Não há nenhum treinador que vá para um jogo sem ter uma réstia de esperança. É preciso que a sorte esteja do nosso lado e que o Porto esteja em dia azarado. Vamos procurar essa luzinha no fundo do túnel. Seria ouro sobre azul», assume.

Com este cenário bem traçado, Rui Vitória pretende «dignificar» o clube, mas, mais uma vez, sem euforias. «O que eu quero é que este jogo nos traga coisas boas porque também pode trazer coisas negativas, como alguma falta de lucidez. É preciso não entender isto como uma rampa de lançamento ou como algo que pode fazer de nós outros jogadores», afirma.

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