Diogo Feio, ex-líder parlamentar do CDS, sabe que as suas palavras podem chocar, mas quer que o congresso "tenha todas as opções"
Diogo Feio, ex-líder parlamentar do CDS, esteve na CNN Portugal, onde falou sobre os resultados das eleições legislativas deste domingo. O centrista assumiu que um partido "fundador da nossa democracia, como o CDS, e isto pode ser chocante para muita gente, se vir que não tem viabilidade, deve ponderar a sua extinção".
Assumindo estar "triste" com o resultado alcançado pelo CDS, acredita que mesmo fora da Assembleia da República, será possível, marcar agenda. E, por isso, espera que o Congresso seja clarificador "quanto ao caminho a seguir" e critica um eventual "caminho paralelo ao do Chega", defendendo que "o original é sempre preferido". E mesmo perante "danos reparáveis" admite que os danos são "dificilmente reparáveis" e o "caminho é estreito". Afastando, desde já, ser uma opção, confessa que ficará com uma enorme admiração por quem "tiver a coragem de pegar no partido neste momento".
Perante a vitória e a maioria absoluta alcançada domingo pelo Partido Socialista, Diogo Feio, defende que essa é a prova de que "é possível ganhar eleições em Portugal, sem que os partidos extremistas contem". Sejam eles de "esquerda ou direita".
Recorde-se que o resultado alcançado domingo pelo CDS foi o pior resultado do partido em democracia: o partido de Francisco Rodrigues dos Santos não conseguiu eleger um deputado para a próxima legislatura e perdeu os cinco mandatos que tinha na Assembleia da República.
E a principal consequência foi o presidente do CDS apresentar a sua demissão da direção do partido. Francisco Rodrigues dos Santos confirmou um “mau resultado”, depois do partido não ter conseguido eleger nenhum deputado. Francisco Rodrigues dos Santos disse que a derrota tinha dois sentidos: a vitória do socialismo e a perda de representação parlamentar ao final de 47 anos.
