Chegou o dia em que os Da Weasel regressam ao palco: "Este é o momento em que começamos a ficar nervosos"

9 jul 2022, 20:03

Banda subiu ao NOS Stage dois anos depois do anúncio do concerto, e doze desde que a banda se separou, e fez esgotar o último dia do festival. Em conferência de imprensa, os Da Weasel falaram sobre o que vai acontecer sem levantar muito o pano

"Vai ser seguramente o melhor concerto das nossas vidas". A frase é proferida com a certeza de quem teve dois anos e meio para preparar o concerto de hora e meia que acontece, este sábado, no NOS Alive, em Algés. 

Em conferência de imprensa, Carlão, Jay, Quakas, Virgul, DJ Glue e Guillaz falaram sobre o espetáculo desta noite, sem levantar demasiadas pontas, sem desvendar muito para lá do pano.

Com milhares de pessoas no recinto vestidas a rigor com as camisolas da banda e vindas um pouco de todo o país para assistir ao regresso da Doninha, a banda mostra-se ansiosa. 

"Este momento é o momento em que começamos a ficar nervosos, nós não estávamos nervosos antes, mas já temos montes de pessoas a olhar para nós e o coração começa a bater muito forte", confessa Virgul perante os jornalistas.

Carlão, mais seguro, assegura que o nervosismo é um "nervosismo bom", de quem quer subir a palco e deixar tudo o que tem para corresponder à "onda inacreditável de amor e de energia" vinda dos fãs desde 2019.

"Desde o ano em que viemos aqui fazer o anúncio, sentimos uma onda inacreditável de amor e de energia de todos os lados do país e isso confirmou-nos que isso era algo que toda a gente - os nossos fãs e a banda - queriam e acho que isso se revela um bocado no povo que está aí para nos ver. Estamos expectantes, estamos nervosos, mas é um nervosismo bom, porque de certa forma sentes que estás a jogar em casa".

Mas, como se prepara uma banda que não tocava junta há dez anos? Como se alinha um concerto durante dois anos e meio? Com muitos ensaios onde a memória teve de ser reavivada.

"Havia várias [músicas de que não nos lembrávamos]. Mas também nos primeiros um, dois, 15 ensaios... a coisa começou a voltar. E isto é um disco rígido que basta ir lá buscar as coisas que estão lá. Ao contrário de coisas que aconteceram na semana passada. Nós estivemos décadas a tocar este tema, portanto, se ao princípio é um bocado difícil, a partir do momento que entras nesse espaço já sai facilmente", confessa Carlão.

E é a música que traz os fãs ao Alive, sejam os de sempre, sejam os que vêm influenciados pelos os pais e que nasceram já depois da banda ter acabado. Essa é a prova de que a música feita "há 30, 20, 10 anos atrás, sobrevive hoje em dia e isso não é tarefa fácil".

"Acho que a música passar no teste do tempo, é o teste mais complicado de passar, é fácil teres um one hit wonder, mas ter a minha filha de 7 anos a ouvir músicas agora e a curtir é do caraças. Quer dizer que fizémos as coisas bem porque a nossa música mantém-se atual", diz Carlão.

Mas, o que podem esperar os fãs de hoje? Irá Manuel Cruz subir ao palco para cantar "Casa"? "É surpresa", diz Jay. E no futuro, vai haver mais concertos? "Não há qualquer tipo de declaração. Ordem do mister. Só falamos jogo a jogo". E documentário do concerto? "Vai sair uma biografia autorizada no próximo ano". Ja quanto ao alinhamento, Virgul garante que está pronto desde 2019 e que vão tocar "as que os fãs estão à espera".

O melhor, mesmo, é aguardar pelas 21:00 para ver o que o melhor concerto da vida dos Da Weasel reserva. Até porque para a banda, para além de ser o melhor concerto, este espetáculo é também uma espécie de concerto de despedida que nunca aconteceu.

"Acabámos por nunca fazer uma despedida por deve de ser, nunca fizemos um último concerto, portanto, representa muito para nós podermos fazer este concerto e acho que é o sítio e o momento ideal para isso, acho que estamos todos muito bem rotinados, com mais experiência, a tocar os temas melhor, e temos tudo para dar esse concerto para fechar um ciclo", remata Pacman.

Próximo Alive já tem datas

Na já habitual conferência de imprensa de encerramento do Nos Alive, Álvaro Covões, da Everything is New, anunciou à imprensa as datas do próximo festival: 6,7 e 8 de julho de 2023. Desta vez, não foram anunciadas bandas nem reuniões como aconteceu em 2019 com os Da Weasel. Mas houve quem lembrasse os Madredeus.

Após dois anos de ausência, o Nos Alive voltou para quatro dias de concertos e uma média de 55 mil espectadores por dia na quinta, sexta e sábado. The Strokes, Florence+The Machine e Metallica, que atuaram no palco principal, foram as bandas que atraíram mais espectadores ao Passeio Marítimo de Algés.

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