Cláudia Raia vai pegar na sua menopausa e transformá-la num espetáculo para rir (e para pensar) em Lisboa

CNN Portugal , MJC
27 jun, 16:52
A atriz brasileira Cláudia Raia na conferência sobre menopausa (DR/Wells)

"A menopausa é o início do segundo ato da mulher e, no teatro, o segundo ato é sempre melhor do que primeiro", diz, na brincadeira, a atriz brasileira que tem atualmente 55 anos

"Menopausa" é uma peça de teatro protagonizada por Cláudia Raia e que vai retratar "situações vividas por mulheres no seu 'segundo ato' de vida, através de cenas curtas e números musicais com várias personagens, divertidas, honestas e, por vezes, dramáticas. As cenas refletem as inquietações, angústias, sonhos e desejos impactados pela maturidade e pela incontornável menopausa", explica a publicação feita pela atriz nas redes sociais.

O espetáculo vai estrear em Lisboa, no Teatro Tivoli, a 29 de janeiro do próximo ano. O texto é de autoria de Anna Toledo e a encenação será de Jarbas Homem de Mello. "Mudanças corporais, questionamentos de vida e carreira, saúde, beleza, expectativas sociais e relacionamentos afetivos, tudo é abordado de uma forma franca – propondo ao mesmo tempo riso e reflexão sobre uma das fases mais impactantes e menos discutidas (até hoje) na vida das mulheres", diz a atriz.

Cláudia Raia anunciou este espetáculo durante a sua participação na conferência "Não fica mal falar de menopausa". Na sua intervenção, a atriz, atualmente com 55 anos, contou como está a lidar com esta fase da vida e como conseguiu conceber o seu terceiro filho, apesar de já estar tecnicamente em menopausa. Às mulheres que encheram a plateia aconselhou que se cuidassem e que fizessem exercício - "Façam musculação! Pilates é bom, caminhar é bom, mas são os músculos que aguentam o nosso corpo", aconselha. 

A atriz, que prefere usar a palavra amadurecimento em vez de envelhecimento, sublinha ainda que a menopausa não tem de ser uma fase triste e que tem muitos aspetos positivos, como por exemplo o facto de a mulher poder, finalmente, sentir-se livre para ser quem é e sem ligar à opinião dos que a rodeiam. "A partir dos 40 a mulher vai virando invisível", observa. "Dizem: não fica bem usar essa roupa, você não tem idade para essa minissaia, mas eu digo que eu posso usar o que eu quiser", declara. Cláudia Raia tenciona contrariar todos esses estereotipos e foi por isso que decidiu subir ao palco com um vestido vermelho: "Usem cor, vermelho, para chamar bastante a atenção e não se façam invisíveis", sugere.

"A menopausa é o início do segundo ato da mulher e, no teatro, o segundo ato é sempre melhor do que primeiro", brinca. 

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