"O mundo está unido no horror". Boris Johnson promete aumentar apoio britânico à Ucrânia

Agência Lusa , NM
25 fev 2022, 10:16
Boris Johnson

Promessa foi feita pelo primeiro-ministro do Reino Unido esta sexta-feira a Volodymyr Zelensky, através de uma chamada telefónica

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu aumentar o apoio britânico à Ucrânia durante um telefonema esta manhã ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após os ataques à capital Kiev.

Boris Johnson assegurou-lhe que "o mundo está unido no horror perante o que [o presidente russo Vladimir] Putin está a fazer" e prestou "homenagem à bravura e heroísmo do povo ucraniano ao enfrentar a campanha de violência da Rússia”, disse um porta-voz.

“O primeiro-ministro comprometeu-se a fornecer mais apoio do Reino Unido à Ucrânia nos próximos dias”, sem especificar a natureza da ajuda, segundo um porta-voz de Downing Street.

Desde a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, o Reino Unido treinou mais de 22.000 militares ucranianos e forneceu equipamentos militares de defesa no valor de 2,2 milhões de libras (2,63 milhões de euros) para a Ucrânia, tendo enviado recentemente 2.000 mísseis antitanque.

Na quinta-feira, Boris Johnson apresentou no Parlamento um novo pacote de sanções que inclui o congelamento dos ativos dos principais bancos russos, impedir que as empresas russas tenham acesso a financiamento e a interdição da companhia aérea Aeroflot do território britânico.

Ao todo, mais de uma centena de pessoas entidades e cidadãos são afetados, incluindo dirigentes de empresas estatais russas. 

O Ministério do Interior anunciou também uma extensão dos vistos de trabalho, estudante ou de visita à família no Reino Unido a cidadãos ucranianos, bem como a facilitação de vistos para familiares de britânicos residentes da Ucrânia que queiram sair do país. 

A Rússia lançou na madrugada de quinta-feira uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância”.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

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