«Se o FC Porto jogasse com doze se calhar ficávamos mais assustados»

3 abr, 23:13
Taça: V. Guimarães-FC Porto (JOSÉ COELHO/LUSA)

Declarações de Álvaro Pacheco depois da derrota diante do FC Porto no jogo da primeira mão da meia-final da Taça de Portugal

Álvaro Pacheco, treinador do Vitória de Guimarães, em declarações à Sport TV, depois da derrota diante do FC Porto (0-1), no Estádio D. Afonso Henriques, em jogo da primeira mão da meia-final da Taça de Portugal:

O Vitória perde a jogar em casa, um jogo equilibrado, o que faltou esta noite?

- Foi um jogo diferente do campeonato, foi um jogo equilibrado, foi um jogo entre duas equipas que se conhecem muito bem e que souberam anular os pontos fortes do adversário. A nós faltou-nos com bola ser mais acutilantes, para conseguirmos fazer mais mossa depois de passarmos a primeira pressão do FC Porto, precisávamos de chegar mais serenos ao último terço. Foi um jogo muito equilibrado, sabíamos também que este era o primeiro jogo de uma eliminatória a duas mãos. Deixamos a eliminatória em aberto, porque nada está decidido e hoje demonstrámos isso. A forma como o FC Porto nos respeitou também ditou um jogo equilibrado.

- É evidente que o FC Porto teve uma capacidade superior para ter a bola, mas ao nível de oportunidades, a nível de jogo corrido, batemo-nos sempre com o FC Porto, estivemos sempre dentro do jogo. Isto dá-nos esperança. Aquilo que nos faltou neste jogo, obriga-nos a estar melhor no segundo jogo, para sermos capazes de anular o que o FC Porto criou. Acredito muito que esta eliminatória está em aberto e acredito e que ainda podemos ir ao final da Taça.

Na segunda parte o Vitória pareceu que foi mais pressionante, foi de alguma forma traído pelo golo do FC Porto?

- Sim, o golo do FC Porto surge numa transição, numa altura em que estávamos mais acutilantes. Os jogadores estavam a fazer aquilo que lhes pedido, para assumirmos o jogo entrelinhas, para atrairmos o FC Porto, não só na pressão, mas também para libertarmos o espaço para o Mendes, para Jota e para o Nelson, mas também para o Mangas e para o Gaspar. O FC Porto ganhou uma transição e fez golo, mas nós tivemos uma reação muito forte. Fomos para cima, fomos muito mais agressivos, começamos a fazer uma pressão alta de toda a equipa. O FC Porto começou a bater na profundidade. Faltou-nos mais solidez de jogo. O jogo teve muitas paragens, muitas quebras, precisávamos que o jogo tivesse ritmo. Mas foi um grande jogo entre duas equipas que estão a lutar pelo acesso à final.

É possível o Vitória virar a eliminatória no Dragão?

- É apenas mais um jogo, se o FC Porto jogasse com doze se calhar ficávamos mais assustados, mas o FC Porto vai entrar com onze. Temos de ter capacidade para o jogo, temos de nos abstrair da envolvência de tudo o que está à volta que nós não controlamos e focar-nos naquilo que vai ser a nossa estratégia e o nosso propósito. Uma coisa nós sabemos, se queremos ir à final, temos que chegar lá  e impor o nossos jogo, senão não seremos capazes de impor o nosso sonho.

O seu sonho de menino continua bem vivo?

- Continua, continua bem vivo, jogamos 90 minutos, faltam mais 90 minutos. Temos de ser nós, temos de ser Vitória.

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