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«Terceiro lugar nunca nos pode fugir da ideia», diz Rui Vieira

7 nov 2000, 00:17

V. Guimarães-E. Amadora, 4-0 (reportagem) Paulo Autuori não foi à sala de Impresa. Passou a palavra a Rui Vieira e o técnico adjunto foi claro. A expressiva vitória diante o Estrela da Amadora fez aumentar os níveis de confiança e a possibilidade do Guimarães terminar o campeonato em terceiro lugar pode ser real. Carlos Brito estreou-se com uma derrota, mas a esperança é sempre a última a morrer.

Quando a vitória se cola às equipas, os treinadores ficam com outras expressões no rosto. Rui Vieira, adjunto de Paulo Autuori, não fugiu à regra. O Guimarães jogou bem e marcou quatro golos, que obrigaram os adeptos a fazer uso da sua colecção de festejos. Por isso, os responsáveis vimaranenses ainda sonham com o terceiro lugar prometido no início da temporada, apesar de se encontraram na 11.ª posição. 

«Ainda faltam muitos pontos. É como diz o Autuori, este é o campeonato da resistência e nunca nos pode fugir da ideia alcançar o lugar inicialmente traçado», destaca o técnico do Guimarães, minutos depois de falar em patamares cimeiros, ao nível do valor evidenciado pela equipa minhota. Para trás, ficava um jogo sublime e uma «vitória justa e sem contestação». Sim senhor. 

«O excelente estado do relvado foi essencial para a qualidade deste espectáculo. Também quero salientar o apoio do público, foi muito importante», sublinha Rui Vieira, que ainda teve tempo para caracterizar o triunfo de «moralizador», porque os jogos que se adivinham irão ser «difíceis». Parêntesis: na próxima jornada, o Guimarães vai ao Bessa medir forças com o Boavista. Mas nada de alarmes. 

«O nosso objectivo é manter este nível. Aliás, vamos pensar na vitória nos próximos três jogos», sublinhou, referindo-se ao encontro com os axadrezados, a recepção ao Benfica e a viagem até ao reduto do Belenenses. «Acreditamos no valor desta equipa, apesar de termos consentido alguns resultados negativos. Mas isso não quer dizer nada. Temos ambições», afirmou Rui Vieira. 

«Perdemos a batalha, vamos vencer a guerra!» (Carlos Brito) 

O novo treinador do Estrela da Amadora não teve um começo dourado. Bem pelo contrário. Estreou-se com uma derrota, que lhe retirou as ideias na sala de Imprensa. As palavras reduziram-se ao essencial, porque o futuro terá de ser árduo para repor a equipa longe da aflição. «Perdemos a batalha, vamos vencer a guerra!», exclamou, numa espécie de grito. 

Mas o jogo? Foi assim tão mau? «O Vitória foi um justo vencedor. Na segunda parte fizemos um bom jogo, mas depois facilitámos. Em resumo, ficámos abalados após o segundo golo. Perder por um não é a mesma coisa que perder por quatro, porque os níveis de confiança só sobem com os resultados. O volume da derrota quebra-nos a segurança», destacou Carlos Brito.

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