"Não passei a noite a ler o relatório": Costa remete "consequências políticas" da CPI da TAP para depois do relatório final

5 jul 2023, 10:29
António Costa (Lusa/Stephanie Lecocq)

O primeiro-ministro reagiu assim ao relatório preliminar da CPI à tutela política da gestão da TAP, que foi entregue no parlamento pouco depois da meia-noite desta terça-feira

O primeiro-ministro, António Costa, escusou-se a comentar esta quarta-feira o relatório preliminar da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP, remetendo quaisquer "consequências políticas" para depois de aprovado o relatório final.

"Eu não passei a noite a ler o relatório, porque este não é o momento de me pronunciar sobre o relatório", declarou António Costa aos jornalistas, à margem do Encontro Ciência 2023, que decorre esta quarta-feira na Universidade de Aveiro.

O momento certo será só "depois do relatório final", que ainda terá de ser aprovado pela Assembleia da República, indicou o chefe do executivo. "Aí verei se há alguma consequência política a retirar."

Questionado sobre uma das principais conclusões do documento apresentado pela deputada socialista Ana Paula Bernardo, nomeadamente o facto de ilibar o Governo do pagamento de 500 mil euros da TAP a Alexandra Reis, o primeiro-ministro respondeu apenas que o executivo sempre esteve "absolutamente tranquilo e descansado desde o princípio".

"A nossa principal missão é assegurar que Portugal não perde o grande ativo estratégico que é a TAP", salientou.

O relatório preliminar da CPI à tutela política da gestão da TAP foi entregue pela deputada socialista no parlamento pouco antes da meia-noite desta terça-feira.

A apreciação do relatório em plenário da Assembleia da República deverá acontecer em 19 de julho, na última reunião com votações desta sessão legislativa, e os partidos podem apresentar propostas de alteração em comissão até ao próximo dia 10.

Esta comissão de inquérito foi proposta pelo Bloco de Esquerda e constituída no seguimento da polémica indemnização de meio milhão de euros paga à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis para a sua saída da TAP.

Ao longo de três meses de trabalhos realizaram-se 46 audições presenciais, que duraram cerca de 170 horas, foram pedidos dez depoimentos por escrito e dezenas de documentos ao Governo, à TAP e a outras entidades.

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