Rebordosa: vende materiais para restauros e garante folga para jogar com o Sp. Braga

18 out 2023, 20:42
Rebordosa (Rebordosa Atlético Clube/Facebook)

Pelos patrões, o capitão Tó Jó não tinha trabalhado esta semana. Treinador Arlindo Gomes (primo de Abel, do Palmeiras), diz que nada mudou na preparação: «Os jogadores vão trabalhar até às 15h e concentramo-nos às 16h»

É capitão do Rebordosa, trabalha a vender materiais para restauros e vai ter folga para defrontar o Sporting de Braga na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Mas para os seus patrões, também patrocinadores do clube, Tó Jó, de 33 anos, não teria ido trabalhar a semana toda.

«Além do futebol, sou vendedor de materiais para restauros [ndr: espumas para estofos] e troquei de emprego há pouco tempo. Os dois novos patrões são patrocinadores do Rebordosa e deram-me folga na quinta-feira, dia de jogo. Mas, por eles, não tinha ido trabalhar a semana toda», contou Tó Jó, à Lusa, na antevisão ao jogo diante do Sporting de Braga, agendado para as 20 horas de quinta-feira.

«O grupo está anormalmente tranquilo e só temos de ser fiéis a nós próprios, acreditando que é possível. Os primeiros minutos vão ser naturalmente diferentes, mas, depois, vamos querer ganhar todos os duelos, todas as bolas e marcar golos», sublinhou, dizendo que já definiu os jogadores com quem gostava de trocar de camisola no fim do jogo.

«Pelo passado deles, pelo que deram à seleção e ao país, pela sua carreira recheada e pelas pessoas que são, as camisolas que mais gostaria de ter eram as do João Moutinho, do [José] Fonte ou até do Castro», revelou Tó Jó, que até já tem a camisola do Benfica oferecida por Samaris, quando jogou pelo Paredes ante os encarnados, em novembro de 2020.

Já o treinador, Arlindo Gomes (primo do treinador do Palmeiras, Abel Ferreira), passou uma «mensagem de tranquilidade», que a equipa pode «fazer coisas engraçadas», mas que é difícil «conseguir tirar o tapete» aos minhotos. O técnico disse ainda que não houve alterações na preparação para um jogo em que os seus jogadores, muitos deles formados não profissionais e estudantes, vão concentrar-se horas antes do apito inicial.

«Os jogadores vão trabalhar até às 15h e concentramo-nos às 16h. As nossas expetativas é que iremos ter mais público nas bancadas do que o Sporting de Braga e eles costumam trazer muita gente. Para nós, equipa e adeptos, será um momento único, mas acredito que vamos fazer com que eles [ndr: adeptos] se sintam orgulhosos da equipa, independentemente do resultado», concluiu.

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