Jorge Jesus obrigou jogadores a queimar calorias de Natal

Treino físico e puxadinho depois das mini-ferias

O treino era aberto aos adeptos e contou com oito mil pessoas nas bancadas, num clima de euforia permanente. Não era por isso um treino normal: era uma sessão festiva, com muitas crianças e fins solidários, que permitiu juntar três mil prendas para oferecer.

Mas nem por isso deixou de ser um treino muito a sério: pelo menos na cabeça de Jorge Jesus.

O treinador colocou os jogadores a fazer quase uma hora de treino físico, puxadinho, obrigando o grupo a suar para provavelmente  queimar o excesso de calorias ingeridas durante as mini-férias de Natal.

Entre vários exercícios de pressão e circulação de bola, destaque para vinte minutos de corrida em volta do relvado, a um ritmo elevado: foi o próprio Jorge Jesus, aliás, que marcou o ritmo, de cronómetro na mão, a liderar os dois grupos que ele próprio formou quando sentia que o ritmo estava a baixar demasiado.

Depois de deixar os jogadores com a respiração ofegante, o treinador reservou então os vinte minutos finais do treino de cerca de uma hora e um quarto para um jogo em meio campo, que animou as bancadas.

De um lado, e vestidos de verde, alinharam Marcelo Boeck; João Pereira, Paulo Oliveira e Jefferson; Gelson Martins, Adrien Silva, João Mário e Bryan Ruiz; Montero e Slimani.

Do outro lado, e vestidos de branco, alinharam Rui Patrício; Schelotto, Naldo e Ricardo Esgaio; Matheus Pereira, William Carvalho, Aquilani e Bruno César; André Martins e Tanaka.

Os verdes ganharam por 4-1, com dois golos de João Mário e dois golos de Montero. Tanaka marcou o golo de honra para os verdes.

Destaque, de resto, para vários pormenores de classe de Aquilani, ele que continua a subir de forma a apresentar cada vez um futebol mais consistente: uma ameaça muito séria para o onze titular.

Os adeptos, na bancada, responderam com aplausos aos golos, claro, mas também aos vários movimentos de talento que foram feitos durante os vinte minutos deste mini-jogo. Pelo meio gritaram que queriam o Sporting campeão, receberam aplausos de Jorge Jesus e obrigaram os jogadores a cumprir vários minutos de uma sessão de autógrafos improvisada.