Ruben Amorim entende que Sporting, mais do que jogar bem, tem de ganhar os jogos verdadeiramente importante e que a equipa tem de dar esse passo de mentalidade. Pote atravessa problema de confiança e não de mentalidade, diz
Ruben Amorim, treinador do Sporting, em declarações na conferência de imprensa após o empate dos leões com a Atalanta em Itália (1-1):
[Sporting teve oportunidades para ganhar o jogo. Equipa tem um problema de mentalidade?]
«Não diria de mentalidade. Estamos a falar de jogadores que estão à frente da baliza e a mentalidade não entra aí.
Mas temos de ganhar estes jogos. Temos de encontrar maneira de os ganhar, porque o crescimento da nossa equipa tem a ver com isso. Não podemos agarrar-nos ao facto de sermos superiores em jogos com equipas boas ou grandes. Como foi no dérbi, mas temos de os ganhar. E isso é uma questão de mentalidade.
Como vamos fazer? Estamos todos a aprender e o treinador ainda é novo. Mas esse é o passo que temos de dar. Daí também o meu discurso este ano do 'tudo ou nada', porque este passo tem de ser dado. E é frustrante não ganharmos este jogo.
Não vou dizer que o Pote tem falta de mentalidade quando ele foi o nosso melhor jogador em dois anos, quando marca muitos golos e a bola bate em dois postes. Isso não tem nada a ver com mentalidade.
Mas não ganhar estes jogos, não ganhar o dérbi e não ganhar hoje é uma questão de mentalidade. E esse é um passo que nós, Sporting, temos de dar. Fomos superiores, mas não ganhámos e amanhã ninguém se lembra da exibição do Sporting. E é isso que os jogadores do Sporting têm de perceber. O passo de mentalidade é ganhar os jogos. Não é às vezes jogar tão bem, é ganhar os jogos.
Falhar golos não tem nada a ver com mentalidade. Quem é que explica a bola bater nos dois postes?! Agora, o Pote sozinho se calhar pode tirar o guarda-redes [do caminho]. Se calhar, tem a ver com confiança. Ele já esteve numa fase de confiança em que da bandeirola de canto mete a bola no ângulo. Agora está numa fase se calhar sem a mesma confiança, mas quem é que apareceu sempre isolado? Sempre o mesmo. Meio caminho está feito e agora é ajudar o Pote a meter a bola na baliza.»