Iniciativa decorre no Estádio Universitário de Lisboa. Para combater a obesidade e problemas cardíacos
A Fundação Portuguesa de Cardiologia lançou um Desafio ao Coração, iniciativa que incita os portugueses à prática desportiva para combater a obesidade e problemas cardíacos e decorre de hoje até domingo no Estádio Universitário de Lisboa.A iniciativa integra o programa «mês de Maio, mês do coração» e foi "apadrinhada" pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, que hoje deu o exemplo, fazendo o percurso proposto, de cerca de 2,5 quilómetros, quase todo a pé, submetendo-se ainda ao rastreio do colesterol e da tensão arterial.
«Tenho que saudar vivamente esta iniciativa porque isto é mais um estímulo para que as pessoas façam exercício físico e comam alimentos saudáveis. A sociedade civil tem que participar nestas acções para incentivar as pessoas terem uma vida mais saudável», afirmou Correia de Campos.
Para o ministro da Saúde «não há qualquer justificação para que os portugueses de todas as idades não pratiquem mais exercício físico pois temos um excelente clima para isso».
Correia de Campos lançou um desafio aos mecenas escolares para que, quando haja excedentes, entreguem cestas de frutas nas escolas para os alunos comerem nos intervalos e assim promover o consumo de alimentos saudáveis.
Afastar as crianças das máquinas de comida rápida e pouco saudável é uma responsabilidade dos pais e dos educadores.
«Essas máquinas existem e a publicidade a determinados produtos calóricos também, mas os pais têm obrigação de contrabalançar e educar os filhos», frisou o ministro, sugerindo que as empresas distribuidoras dessas máquinas apostem em produtos mais saudáveis.
De hoje até domingo, o Estádio Universitário de Lisboa está preparado para receber centenas de pessoas, de todas as idades.
Durante o percurso, existem vários stands onde são dados conselhos sobre alimentação saudável e distribuídos alguns alimentos como fruta, iogurtes, sopa, entre outros.
A FPC pretende alertar os pais e as crianças para o problema crescente do excesso de peso e da obesidade.
Pais obesos, hábitos alimentares errados, pouco exercício físico e muitas horas em frente à televisão são traços comuns aos cerca de 30 por cento de crianças portuguesas com excesso de peso.
Portugal está entre os países da União Europeia (UE) com taxas mais elevadas de crianças com excesso de peso, juntamente com Malta, Espanha e Itália, que se situam nos 30 por cento das crianças até aos 14 anos.
Também a falta de tempo, o stress, a agitação do quotidiano, levam a que muitas vezes os pais não insistam numa alimentação mais saudável.
