Martínez: «Nunca trabalhei com um jogador tão sacrificado como Ronaldo»

19 out 2023, 23:28
Bósnia-Portugal (JOSE SENA GOULAO/LUSA)

Selecionador nacional destacou a formação de jogadores em Portugal e elogiou o avançado do Al Nassr

Roberto Martínez destacou o raio de observação de jogadores da seleção nacional e também elogiou a formação das equipas portuguesas, numa entrevista ao programa «El Larguero», da Cadena Ser.

«O que me parece incrível é o talento que existe num país com uma população de 10 milhões. E porque é que isso acontece? Não é um acidente, há uma estrutura de formação que é a melhor, se não for da Europa, do Mundo», começou por dizer.

«O futebolista português é competitivo, gosta de informação tática e tem o gene de querer ganhar. Tem valores muito completos. E há exemplos como Pepe, que tem 40 anos, Cristiano Ronaldo, que ganhou tudo aos 38, têm uma fome de jogar que não se vê em seleções jovens», acrescentou.

Martínez recordou ainda o encontro que teve com Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita antes de elaborar a primeira convocatória, numa altura em que pairavam as dúvidas sobre o futuro do avançado do Al Nassr na seleção.

«Nunca gostei de fazer convocatórias sem conhecer a pessoa que está por detrás do futebolista. Tentei conhecer todos os jogadores que estiveram na lista do Mundial e, ao conhecer o Cristiano, encontrei um jogador disposto a dar tudo pela seleção. Vi uma pessoa que queria estar muito comprometida e ao serviço da equipa. Um jogador como Cristiano, que ganhou tudo, surpreendeu-me pela humildade e vontade de servir a equipa. Esse foi o ponto de partida de todos os jogadores que entraram no balneário», vincou.

«Nunca trabalhei com um jogador que mostre um dia a dia tão sacrificado. Ele fala muito de como lhe vai responder o corpo, ele cuida muito do corpo e deve ver como se aguenta. Pelo amor à seleção e ao futebol, acho que o vamos ver muitos anos», afirmou ainda.

O técnico espanhol explicou ainda que decidiu aprender o hino nacional tão rapidamente «como forma de respeito» e comparou a geração atual da seleção àquela que liderou na Bélgica.

«Deixar 15 jogadores da lista sem poder dar uma justificação foi algo que nunca me aconteceu na seleção belga. É uma forma distinta de gerir a situação», reconheceu.

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